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Grupo Oscar Romero faz campanha para ajudar Amazônia com oxigênio

O Grupo Oscar Romero (GOR), entidade religiosa que reúne pessoas ligadas à Igreja Católica, com sede em Florianópolis, lançou uma campanha de arrecadação de recursos que estão sendo enviados para a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB -Regional Norte I), destinados a compra de cilindros de oxigênio para as pessoas e comunidades da Amazônia.

O GOR conclama indivíduos e instituições a ajudar particularmente Manaus (AM), “que vive nestes dias as consequências de um processo de descaso, negligência e incompetência protagonizado pelos governantes e sofre brutalmente com o agravamento da Covid-19”, diz o manifesto intitulado de Oxigênio da Solidariedade (em anexo).

A instituição, que tem entre os membros o presidente da Rede IVG (Instituto Vilson Groh), Padre Vilson Groh, critica veementemente as atuais práticas políticas “populistas, em sua maioria”, que resultam de uma cultura de indiferença e de morte, sejam por conta da subserviência àqueles interesses de grupos econômicos, seja pela negação da ciência, a disseminação do ódio e da indiferença entre as pessoas. “Basta, a população precisa de paz e acima de tudo de vacina, para todos, oferecida gratuitamente e unicamente pelo SUS”, defende.

Conforme a carta, o Brasil é responsável por 10% das mortes no mundo em consequência do novo coronavírus, embora tenha 2,7% da população mundial. Portanto, segue o documento, “aqui se morre muito mais do que seria inevitável na pandemia, por causa da omissão e pelas ações de sabotagem ao combate à doença, especialmente por parte do governo federal”.

O grupo destaca que a mentira não pode ser tolerada e a mesma Bíblia de onde o presidente Jair Bolsonaro retira o versículo “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32), se colhe: que “os governadores das nações têm poder sobre elas, e os grandes têm autoridade. Entre vocês não deverá ser assim: quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês; e quem de vocês quiser ser o primeiro, deverá tornar-se servo de vocês” (Mt 20, 25-27).” Por fim, a entidade pede coerência ao presidente que se identifica como cristão e se remete constantemente ao livro sagrado. “Àqueles que assim não agem, gritamos e denunciamos”, destaca o manifesto.