Blog do Prisco
Coluna do dia

Guerra na Fecam

Há muito mais do que somente aviões de carreira entre o céu e a terra nas mudanças que tem estremecido a Federação Catarinense de Municípios.

O pano de fundo do desembarque do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, segundo fontes que têm acesso aos bastidores da política na Fecam, é a queda-de-braço que se estabeleceu entre mandatários de grandes cidades catarinenses contra o grupo dos municípios menores, este liderado agora pelo atual presidente, Clenilton Pereira, de Araquari.

Do outro lado, além do próprio alcaide blumenauense, que acabou tendo de compor com Pereira, mas que, na verdade, mirava o comando da entidade, estão figuras como Joares Ponticelli, de Tubarão, que já pilotou a federação, mas que não faz parte do Conselho atual; e Udo Döhler, de Joinville. Embora sem mandato desde janeiro, o joinvilense comprou a bronca a partir de uma diferença pessoal que ele tem com o prefeito de Araquari. Não convidem os dois para a mesma mesa.

Saída orquestrada

Segundo a mesma fonte, fala-se até em tentativa de golpe por parte dos dissidentes. Para além do aspecto da disputa política interna, há, também, o choque de gestão que está em curso, de acordo com o mesmo interlocutor.

Dedo na ferida

Clenilton Pereira está revendo contratos e acabando com privilégios, alguns de figurinhas até bem conhecidas nos meios políticos catarinenses. O presidente, aliás, tem em mãos várias auditorias que estariam a lhe conferir respaldo às mudanças promovidas na entidade.

Mérito

Cópias de um relatório apontando alguns absurdos e outros descalabros no seio da Fecam foram entregues aos conselheiros. Mário Hidebrandt saiu e levou com ele a prefeita de Vargem, Milena Becher. Nenhum dos dois entrou no mérito do choque de gestão. A reclamação ficou por conta da falta de diálogo interno por parte do presidente.

Sete réus

A juíza Janaina Cassol Machado aceitou a primeira leva de denúncias contra envolvidos na Operação Alcatraz. Neste momento, o nome mais conhecido é o do empresário Mario Kenji Iriê dentre os sete envolvidos que agora passam à condição de réus nos processos.

Origens

A magistrada aceitou denúncia formulada pelo Ministério Público Federal contra o grupo, alegando fraudes em licitação em procedimentos da Secretaria de Estado de Administração. Os fatos, de acordo com o MPF, teriam ocorrido em 2016 e tratariam da contratação de serviços de tecnologia de informação (TI).

Covid19 na pauta

Já estão em tramitação os primeiros projetos de lei (PLs) elaborados pelos deputados no ano legislativo de 2021, iniciado na semana passada. Ao todo, 10 proposições foram apresentadas pelos parlamentares na primeira semana de trabalhos na Assembleia. Duas das propostas estão relacionadas com a pandemia da Covid-19.