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Importância da gestão de riscos na administração pública é tema de seminário em Florianópolis

Fiscalização e controle são temas do atual governo, que propõe a criação da Controladoria Geral do Estado e da Secretaria Executiva de Integridade e Governança. Pois muito bem, mas somente uma delas deve vingar. Dificilmente os deputados vão aprovar as duas novas estruturas.

 Fotos: James Tavares/ Secom

Encontrar maneiras de reduzir as ameaças à administração pública e melhorar o uso de recursos financeiros estão entre os objetivos do “Gestão de Risco para a Boa Governaça: o papel da Auditoria Interna”, que ocorre nesta terça-feira, em Florianópolis. O encontro, realizado no Teatro Pedro Ivo, reúne auditores e técnicos do Governo do Estado para um dia de atualização e debates.

“O tema é muito relevante porque temos que conhecer o risco, fazer a prevenção, o cenário e elaborar as respostas para esses problemas. As companhias de seguros, os bancos, estão muito acostumados a fazer esse tipo de trabalho, e nós do setor público também temos que fazer, porque só vamos ver o efeito de uma má gestão de risco no futuro. É o Estado que sofre as consequências”, afirmou o secretário de Estado da Fazenda (SEF), Paulo Eli, na abertura do encontro.

A diretoria de Auditoria Geral (Diag) da SEF promove o evento em parceria com o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), o Banco Mundial (Bird) e apoio do Sindicato dos Auditores Internos do Poder Executivo de Santa Catarina (Sindiauditoria).

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Para o professor Luiz Felipe Ferreira, que assumirá a Controladoria-Geral do Estado (CGE/SC) e representou o governador Carlos Moisés no evento,  o seminário é muito importante neste momento em que a reforma administrativa tramita na Assembleia Legislativa. “O Estado irá ganhar uma unidade autônoma de gestão de riscos que virá a ser a CGE. Queremos desmistificar o viés exclusivamente fiscalizatório do órgão, porque ele terá o papel de potencializar e alavancar a atuação dos auditores internos da SEF para o uso correto do recurso público e a boa gestão”, disse o futuro controlador-geral do Estado.

“Na nova gestão, estamos trabalhando em um modelo voltado à governança para garantir a efetividade das políticas públicas implantadas. A gestão de riscos é essencial para evitar os aspectos negativos e garantir os positivos dessa gestão”, destacou Naiara Augusto, futura secretária executiva de Integridade e Governança, que também acompanhou o evento.

Os temas abordados irão detalhar o conceito de auditoria interna contemporânea, seu viés de agregar valor à gestão com trabalhos de consultoria que ajudem no aprimoramento da gestão pública, por meio da melhora da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle e governança.

Importância do controle interno

Durante a primeira palestra do evento, a especialista em Gerenciamento Financeiro do Banco Mundial, Susana Philomeno Amaral, abordou a importância da utilização do Controle Interno como ferramenta para alavancar resultados. “Ele deve ter um papel ativo na reformulação administrativa das organizações e a gestão deve ser pró-ativa, com responsabilidade dos gestores e participação efetiva das equipes de trabalho”, afirma.

Na sequência, o tema foi “Auditoria Interna Governamental como instrumento de agregação de valor à Administração Pública”, apresentado pelo coordenador Geral de Métodos, Capacitação e Qualidade da Controladoria Geral da União, Sérgio de Paula. “O Controle Interno está presente no dia a dia e na execução das tarefas dos gestores no Poder Público, por isso a importância de discutir o tema. Transformar a sociedade , entregar bons serviços ao cidadão e atender as demandas sociais são obrigações do Estado”, pontua. “Antes o foco da auditoria interna era o controle e os processos. Agora o objetivo é verificar e gerenciar os riscos para alcançar as metas e mitigar as ameaças”, explica.

O Seminário segue até as 17h no Teatro Pedro Ivo e a programação completa pode ser acessada no link.