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Jerry do Aldo e a situação eleitoral atípica em SC

Alçado à condição de candidato a deputado estadual depois do falecimento do ex-presidente da Assembleia, Aldo Schneider, seu fiel escudeiro, Jerry Comper (MDB), chega forte para o pleito deste ano.

Ele tem observado que nada mudou, apesar da perda prematura de Schneider. Quem já iria apoiar Aldo agora está apoiando Jerry. Ele contabiliza apoios fundamentais. São 22 prefeitos, sendo 15 do Alto Vale do Itajaí, região onde o MDB é muito forte; 14 vice-prefeitos, sendo 11 do Alto Vale; 142 vereadores e 20 ex-prefeitos. Jerry do Aldo está projetando votação em pelo menos 100 municípios, concentrando sua atuação em 60 cidades catarinenses. Assim como o ex-chefe, o candidato tem a parceria total do deputado federal Rogério Peninha Mendonça, candidato à reeleição. Vale lembrar que na eleição de 2014, Aldo Schneider conquistou votos em 137 dos 295 municípios.

Aldo Schneider e Jerry Comper – fotos>divulgação

HISTÓRIA DE VIDA

A história de Aldo e Jerry, ou Jerry do Aldo, remonta à infância do candidato. Jerry acompanhou Schneider desde os 11 anos de idade, quando eles se conheceram no então distrito de Victor Meirelles. Jerry trabalhava no Posto de Gasolina, atendia Aldo e acabaram ficando amigos. As famílias se aproximaram e Aldo começou a pedir pequenos carretos e serviços ao amigo petiz.

Em 1986, Aldo Schneider chegou ali como coletor da Receita Estadual. Em 1988, elegeu-se vereador em Ibirama, município ao qual Victor Meirelles pertencia. Em 1989, Victor Meirelles emancipou-se. Já na condição de município, viu Aldo Schneider eleger-se o primeiro prefeito de sua história. Ele cumpriria ainda mais dois mandatos como chefe do Executivo Municipal. Mas foi em 2003, quando Schneider assumiu a Secretaria Regional de Ibirama, que os dois começaram a trabalhar, de fato, juntos. Em 2010, Aldo Schneider elegeu-se deputado, reelegendo-se em 2014, sempre tendo Jerry na linha de frente de seu gabinete.

Hoje, como candidato, Jerry é visto como o novo, a renovação, mas também como alguém que vai dar continuidade ao trabalho de Aldo Schneider. Até porque, ele já era o primeiro atendimento político de quem procurava o gabinete do falecido deputado. Era uma extensão do próprio Aldo. Por fim, ao adotar o nome de Jerry do Aldo, o candidato não só deixa muito clara a relação umbilical dos dois como também homenageia o ex-líder. Sugere que quem votar nele estará prestando uma última homenagem ao ex-presidente da Alesc.

Trata-se de uma situação eleitoral atípica e rara. Havia um político que presidia a Assembleia, tinha uma grande reeleição encaminhada e acabou, devido à fatalidade, sendo substituído por seu fiel escudeiro.