O Poder Judiciário de Santa Catarina reconheceu, de forma definitiva, a inexistência de qualquer conduta criminosa por parte da vereadora Fernanda dos Santos Moser, do município de Indaial, no âmbito do inquérito que investigava a suposta criação de perfis falsos em redes sociais durante a campanha eleitoral de 2024.
Em setembro de 2024, a vereadora Fernanda, juntamente com seu colega de partido Diogo de Pinho e uma assessora, foi alvo de acusações formuladas pela ex-vereadora Ana Paula Reiter, então candidata à Prefeitura de Indaial, com o objetivo de prejudicar sua atuação política e comprometer sua imagem pública.
As denúncias de falsidade ideológica e suposta participação em milícias digitais foram apuradas pela Polícia Civil, em parceria com o CyberGaeco. Essas acusações, apesar de infundadas, ganharam ampla repercussão em veículos de comunicação alinhados à oposição, além de alcançarem portais de notícia com reconhecimento nacional.
Essas inverdades causaram não apenas profundo abalo emocional à vereadora Fernanda, como também prejudicaram significativamente sua imagem política e a campanha eleitoral que se encontrava em andamento – na qual ela liderava as intenções de voto.
A confiança na prevalência da verdade
Fernanda Moser foi duramente atacada nas duas últimas semanas do período eleitoral, momento em que liderava as pesquisas de intenção de voto. À época, a ex-vereadora Ana Paula Reiter, atualmente assessora parlamentar de um deputado estadual, acusou publicamente Fernanda de ser responsável pela criação de perfis anônimos utilizados para criticar adversários políticos nas redes sociais**.
Durante o desenrolar do processo, a vereadora manteve o foco no bem-estar da família e no apoio de amigos e apoiadores que já conheciam seu caráter e trajetória. Reafirmava constantemente que a verdade prevaleceria.
Com o fim do período eleitoral se aproximando, Fernanda optou por não concentrar esforços exclusivamente em sua defesa, mas sim em continuar trabalhando e reconquistar a confiança do eleitorado, tentando reverter os prejuízos causados pelas falsas acusações.
Durante esse período, foi duramente criticada e atacada por veículos de comunicação que distorciam informações e divulgavam inverdades, inclusive afirmando, de maneira caluniosa, que havia um pedido de prisão preventiva contra ela — o que jamais existiu. Essa difamação impactou diretamente seu desempenho nas urnas.
Os impactos familiares e profissionais
O abalo emocional se estendeu à sua família. Seus pais foram alvo de constantes ofensas, enquanto sua filha menor enfrentou ataques psicológicos e comentários violentos oriundos de pessoas que alegavam, de maneira infundada, que sua mãe estaria envolvida com “quadrilhas” e “drogas”, e que seria presa. A violência emocional foi tamanha que a criança passou a ser acompanhada por psicólogos e terapeutas.
Além disso, clientes do escritório de advocacia da vereadora — que também exerce a profissão de advogada em Indaial — começaram a questionar sua idoneidade profissional, temendo que as acusações afetassem sua reputação.
O dano causado pelas falsas imputações atribuídas à ex-vereadora Ana Paula Reiter extrapolou o campo eleitoral, atingindo profundamente a estrutura emocional, familiar e profissional de Fernanda Moser.
A decisão judicial e a reparação buscada
Segundo as acusações, os perfis teriam sido utilizados para divulgar conteúdos inverídicos e realizar ataques a adversários políticos. A vereadora chegou a ser indiciada pela suposta prática do crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal Brasileiro.
Contudo, em nota oficial, a Polícia Civil informou que não foram encontrados indícios de crimes mais graves, como associação criminosa ou organização criminosa, que configurariam o que popularmente se conhece como “milícias digitais”. Esclareceu também que não houve pedidos de prisão preventiva, nem envolvimento do prefeito de Indaial ou de outros candidatos ao Executivo municipal.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, responsável pela análise dos autos e pela decisão quanto à instauração de ação penal. No entanto, o processo foi arquivado pelo Poder Judiciário, sob o número 5001246-91.2024.8.24.0508, com base na ausência total de provas e de justa causa.
A decisão reafirma o que Fernanda Moser sempre sustentou: não houve qualquer envolvimento com perfis falsos nem com campanhas de difamação.
“A verdade sempre prevalece. Infelizmente, precisei dedicar meu tempo, minha saúde e minha energia não para servir à população como deveria, mas para me defender de uma farsa cruel que tentou me destruir como mulher, mãe, advogada e representante do povo”, declarou Fernanda, emocionada, ao comentar o desfecho do caso.
Diante da gravidade das falsas acusações e de seus efeitos devastadores, a vereadora ingressou com ação penal reparatória contra Ana Paula Reiter, sob o número **5001239-41.2025.8.24.0031, visando sua responsabilização pelos danos causados não apenas à sua imagem pública, mas também ao seu equilíbrio emocional, à sua dignidade profissional e à estabilidade de sua família.
Este episódio evidencia uma ferida aberta na política contemporânea: o uso da desinformação e da calúnia como estratégias eleitorais, sem qualquer consideração pelos impactos humanos e sociais que tais práticas acarretam. O caso da vereadora Fernanda Moser vai além da história de uma mulher inocentada — representa um alerta urgente sobre os riscos de permitir que narrativas falsas e acusações infundadas ganhem mais força do que os fatos confirmados pela Justiça.
A sociedade precisa refletir com seriedade: até quando aceitaremos que interesses pessoais e disputas políticas se sobreponham à verdade, à justiça e à dignidade humana?