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Líderes definem estratégias junto a PGR e o STF para corrigir erro histórico praticado contra Santa Catarina

Ações junto a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter o erro histórico praticado pelo Congresso Nacional e pelo presidente da República contra Santa Catarina, será o tema da reunião do movimento “SC Requer a Correção do Erro Histórico” com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia, às 14h de quarta-feira, 3 de abril, na Alesc.

Estão confirmadas as participações, ao lado do coordenador do Movimento, historiador Paulo Vendelino Kons, do desembargador Carlos Alberto Civinski, do prefeito de São João Batista Daniel Netto Cândido, do procurador de justiça, professor e imortal da Academia Catarinense de Letras Gilberto Callado de Oliveira, do deputado Altair Silva, do emérito Procurador-Geral de Justiça José Galvani Alberton, que chefiou o Ministério Público de abril de 1999 a abril de 2003, e do presidente da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil (ADANPIB), memorialista e agricultor José Sardo.

Resultado da articulação do Movimento com o Fórum Parlamentar Catarinense, em especial do ato realizado no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC, em 5 de março de 2018, no auditório da Casa José Boiteux, em Florianópolis, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) nº. 9.811/2018, que corrige o erro histórico.

“Non si può negare la storia”

Com o lema “Non si può negare la storia, la vera storia!” (Não se pode negar a história, a verdadeira história), o movimento “SC Requer a Correção do Erro Histórico” teve seu início em 12 de janeiro de 2018, data em que o Diário Oficial da União (DOU) publicou a lei federal nº. 13.617/2018, sancionada pelo presidente Michel Temer no dia anterior.

Após a leitura da lei, o historiador Paulo Vendelino Kons, que residiu na Colônia Nova Itália, publicou uma nota técnica, na qual afirma que “o Congresso Nacional e o presidente Michel Temer atribuíram, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, que de fato pertence à Colônia Nova Itália, no município de São João Batista, Santa Catarina.

Fundada em 1836 no Vale do Rio Tijucas-grande, a Colônia Nova Itália, no atual município de São João Batista, é inequivocamente o Berço da Imigração Italiana no Brasil.

Os 186 pioneiros imigrantes italianos, que viriam colonizar e desenvolver terras brasileiras, aportaram em março de 1836, na baía norte da Ilha de Santa Catarina, no porto do Desterro, transportados pelo navio Correio. E 132 destes imigrantes católicos fundaram a Colônia Nova Itália, a pioneira da imigração italiana no Brasil, que ao longo de décadas recebeu também outras levas de imigrantes italianos.

A colonização italiana no Espírito Santo ocorreu 37 anos e 11 meses após, a partir de 21 de fevereiro de 1874, quando o navio La Sofia chegou ao porto de Vitória, com 388 camponeses de língua italiana do império austro-húngaro e vênetos”.

A convite da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil – ADANPIB, 13 representantes de entidades da sociedade civil e órgãos do poder público reuniram-se na Assembleia Legislativa, na tarde do dia 19 de janeiro de 2018, sendo aprovada a estratégia de atuação do movimento “SC Requer a Correção do Erro Histórico” junto aos parlamentares federais, à Assembleia Legislativa, o Governo do Estado, outros órgãos públicos e a Sociedade Civil. O historiador Paulo Vendelino Kons foi escolhido para liderar o Movimento.

Após a adesão formalizada ao Movimento pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, através do seu presidente, professor doutor Augusto César Zeferino, o IHGSC sediou o ato que reuniu as forças vivas de Santa Catarina, em 5 de março de 2018, que requereram o respeito a nossa comum história. O IHGSC foi fundado em 7 de setembro de 1896 por José Boiteux, neto do primeiro diretor da Colônia Nova Itália, Luc Montandon Boiteux.

O Movimento “SC Requer a Correção do Erro Histórico” recebeu Moções e Notas Oficiais de Apoio das organizações:

Coletivo Giránii Cultura Taliana,

Federação de Entidades Ítalo-Brasileiras e de Mestres e Ofícios da Cultura Taliana – FEIBEMO,

Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina – CEC, e

Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina – ALESC, que aprovou moções dirigidas ao Fórum Parlamentar Catarinense, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a Comissão Diretora do Senado Federal e à Presidência da República, solicitando a correção do erro histórico. Outra moção da ALESC foi dirigida ao Governador do Estado de Santa Catarina, concitando-o a se manifestar e agir em defesa da correção do erro histórico praticado contra nosso Estado.