Blog do Prisco
Coluna do dia

MDB no comando

Clima de absoluta tranquilidade e convergência na eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Os acordos firmados em reuniões que anteciparam a votação foram praticamente todos cumpridos. O único sobressalto foi no PL, mas o gesto do deputado Marcius Machado, de abrir da vice-presidência em favor do colega Nilso Berlanda em 2021, selou o clima de convergência total.
Mauro de Nadal, do MDB, será o presidente neste ano. Em 2022, a honra caberá a outro emedebista, Moacir Sopelsa. Ambos do Oeste de Santa Catarina, onde se encontra atualmente a maior força do maior partido do estado.
A escolha marca, ainda, o retorno do partido ao comando da Assembleia Legislativa 34 anos depois do mandato de dois anos cumprido por Juarez Furtado, lá em 1988.
Nadal chega ao posto máximo do Legislativo com um perfil respeitável e de atuação firme nos bastidores e nas bases. Num momento extremamente delicado sob o ponto de vista social, considerando-se as crises sanitária e econômica geradas pelo vírus chinês.

Composição

Além de Mauro de Nadal e Nilso Berlanda, a nova mesa diretora da Alesc tem Kennedy Nunes na segunda vice-presidência, Ricardo Alba como primeiro secretário, Rodrigo Minotto na Segunda Secretaria, Padre Pedro Baldissera nas funções de terceiro secretário e Láercio Schuster na Quarta Secretaria da Casa.

Unanimidade

Mauro de Nadal recebeu 38 votos dos 38 deputados aptos a votar na tarde de ontem. Ada de Luca, correligionária de Nadal, teve problemas com a internet e não pôde votar. O ex-presidente da Casa, deputado Júlio Garcia, também foi impedido de participar, mas por outros motivos. Ele segue preso domiciliarmente e afastado do mandato. Seu nome não foi incluído na lista de votantes.

Brasília

Já na Capital Federal, o clima das últimas 48 horas foi o pior possível. Ameaças, traições, verborragia, tudo o que Brasília tem de pior veio à tona, mais uma vez, nas eleições para a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Leitura que também vale para a cobertura, tendenciosa e falaciosa de certos veículos e jornalistas. Em meio ao azedume geral, mantinham-se, até o fechamento da coluna, os favoritismos para Rodrigo Pacheco no Senado e Arthur Lira na Câmara. Ambos apoiados por Jair Bolsonaro.

Tucana

De Santa Catarina, a tucana Geovânia de Sá, fazendo jus a um dos estereótipos de seu partido, o PSDB, era a única em cima do muro horas antes da votação. Os demais já haviam se definido muito embora o clima pesado em Brasília possa ter influenciado mudanças de última hora. Até porque o próprio DEM, partido de Rodrigo Maia, abandonou a candidatura patrocinada por ele, Baleia Rossi (MDB), no domingo à noite.

Auxílio Emergencial

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) defende que o debate em torno da recriação do auxílio emergencial seja retomado o quanto antes pelo Poder Legislativo.
Para ela, o aumento do desemprego provocado pelo agravamento da pandemia do coronavírus torna o auxílio uma questão “mais que urgente” na retomada dos trabalhos do Legislativo.
“As discussões não avançaram no ano passado, mas agora é preciso que somemos esforços suprapartidários na busca de solução para amenizar a situação da população mais carente”, afirmou.