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Mediação do MPT pode por fim à greve da CELESC

Depois de quase cinco horas de negociação, terminou com uma proposta de acordo que será levada para análise em assembleias amanhã, a audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho entre a CELEC e os trabalhadores da empresa em greve há mais de uma semana.

O acordo mediado pela Procuradora Regional do Trabalho Cinara Sales Graeff, reuniu na sede do MPT, em Florianópolis, diretores da CELESC e integrantes da INTERCEL e da INTERSINDICAL que representam diferentes sindicatos de trabalhadores da empresa. Foi a terceira audiência após o início da paralisação na segunda-feira (26/09).

A principal reivindicação é o reajuste salarial. A INTERSINDICAL pedia o INPC do período mais 1,49% (perda salarial anterior), e a INTERCEL o índice da ICV-DIEESE (acumulado 12 meses), mais 2,61% de aumento real. Na última reunião a CELESC ofereceu aumento de 4,28% mais 5 steps/degraus  de  progressão  no  Plano de  Cargos  e  Salários (PCS), que  ao final totalizaria 9,38%. A proposta foi rejeitada porque causaria um achatamento salarial dos níveis mais altos e uma não incidência de progressão por steps/degraus do PCS para os trabalhadores com aproximadamente até 10 anos de carreira.

Hoje, após diversos debates a CELESC fez uma nova proposta de reajuste salarial de 6,32%, a título de reposição salarial, mais 3 steps/degraus de progressão no Plano de Cargos e Salários, que ao final totaliza 9,38%.

Haverá a exclusão dos três primeiros degraus da tabela do atual PCS e os novos

funcionários já entrarão na quarta referência da mencionada tabela. Toda a tabela do PCS será reajustada em 6,32% e todos os trabalhadores ascenderão três steps/degraus na tabela ( já reajustada), limitado ao teto de cada carreira. O piso salarial acordado no ACT ascenderá três steps/degraus na tabela PCS.

Também ficou acertado 30 vales-alimentação no valor de R$ 34,00 (trinta e quatro reais) e quanto ao auxílio babá/creche será estudado um reajuste.

 

Em relação aos trabalhadores admitidos até 30/09/2016, a CELESC se compromete a não retirar, nem mesmo por meio de negociação coletiva, a gratificação diferenciada de férias, o anuênio, a gratificação de 25 anos e a licença prêmio.

 

Em sendo aprovada a proposta, a empresa não descontará os dias de greve.