Blog do Prisco
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Moreira admite não assinar Acordo Coletivo da Epagri, Cidasc e Ceasa

Data-base venceu em maio/18

O Sindicato dos Engenheiros Agrônomos – SEAGRO-SC, que juntamente com outros sindicatos representa os trabalhadores da Epagri, Cidasc e Ceasa, criou uma campanha de mídia e que esta sendo veiculada em rádios do interior do estado, para alertar a sociedade quanto ao descaso do governo do Estado com um dos segmentos econômicos mais importantes de Santa Catarina: o agronegócio como um todo e, consequentemente, a agricultura familiar. A campanha tem como mote denunciar a postura e o posicionamento do governador Pinho Moreira de não viabilizar a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho destas categorias, que tem a data-base em maio de 2018, onde são reivindicados apenas 1,69% de reposição salarial (INPC) e algumas cláusulas sócias sem impacto financeiro.

A partir da segunda quinzena de novembro a campanha será ampliada nas diversas mídias de Santa Catarina, com outdoor, inclusive. A campanha destaca o fato de já ser uma marca histórica dos Governos do MDB em final de mandato dar o “calote” nos trabalhadores das empresas públicas da agricultura.

O descaso do governo de Santa Catarina é grave, ainda mais com um segmento que tem fundamental importância para a economia e para o próprio “caixa”, pois representa mais de 30% do PIB catarinense e mantém o estado em status nobre, no que se refere a sanidade agropecuária, inclusive como único estado livre de febre aftosa sem vacinação, além de referencias nacional e até mundial em tecnologia, resultando em maior produtividade e qualidade da produção catarinense. Qualquer desestruturação neste segmento coloca em risco a economia catarinense.

“Resultado de décadas de pesquisa, de extensão rural e defesa agropecuária são tratados com um descaso inexplicável. O último argumento do Governo para não conceder o INPC foi derrubado: existe agora margem no limite de gastos com folha de pagamento. O impacto desse INPC representa 0,03% de impacto na folha. Valor insignificante, mas que representa muito na carreira futura desses profissionais.

“No momento, os profissionais estão revoltados com o descaso e a falta de diálogo do governo com os Sindicatos, frente aos reajustes que foram aprovados pelo Senado, alegando tratar-se de reposição salarial dos ministros do STF, na ordem de 16%. Nossa reivindicação, de 1,69% refere-se apenas ao INPC de 2017/18 e, nesse cenário, fica cada vez mais evidente o descaso com a excelência agropecuária do nosso estado”, declara Eduardo Piazera, presidente do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina.