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Moreira irrita o Planalto e entra na mira da nacional

Repercutiu muito mal em Brasília, especialmente no Palácio do Planalto, a recepção que o governador Eduardo Moreira (MDB) ofereceu ao candidato a presidente do PSDB, Geraldo Alckmin. O catarinense fez as honras da casa nas agendas do tucano no Sul e na Capital do Estado, sábado. E foi além. Declarou voto no presidenciável do PSDB.

Isso ainda no calor do fogo cruzado entre o próprio Alckmin e Michel Temer, correligionário de Moreira. O presidente se obrigou a gravar um vídeo, no meio da semana passada, rebatendo os ataques sofridos no horário eleitoral do tucano. Moreira se posicionou justamente no vácuo do acirramento dos ânimos, que já gerou um contencioso entre tucanos e emedebistas no plano nacional.

Eduardo Moreira está se especializando em entrar na rota de colisão com dirigentes nacionais do Manda Brasa. É praticamente um expert no assunto. Em 2010, quando Michel Temer foi candidato a vice na primeira eleição de Dilma Rousseff, o atual governador fechou apoio a José Serra, também do PSDB.

Expulsão

Naquele ano, o próprio Temer, que era o presidente nacional do MDB, destituiu Moreira da presidência estadual, chamou o conselho do partido e abriu um processo de expulsão contra o catarinense. Que só não saiu do MDB porque Luiz Henrique da Silveira, que era amigo pessoal de Michel Temer, entrou no circuito.

Assunto recorrente

Agora novamente Eduardo Moreira entra na mira da nacional. Está sujeito a novo processo interno. Seu apoio a Alckmin já chegou aos ouvidos do senador Romero Jucá, presidente do diretório nacional do MDB. Jucá foi abordado por uma personalidade ilustre do partido sobre o assunto e já deu sequência nas conversas no sentido de enquadrar Eduardo Moreira. A conferir os desdobramentos!

foto>Marco Santiago, ND, arquivo