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Moro ou Eduardo Leite precisam confessar que votaram em Bolsonaro para terem chances, diz cientista político

 Antonio Lavareda, da Universidade Federal de Pernambuco, avaliou que posição de candidatos de se colocarem como nem Lula nem Bolsonaro não é efetiva para atingir eleitorado.

 Para terem chance de vencer os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral 2022, os pré-candidatos que tentam pela chamada terceira via , como Moro e Eduardo Leite, teriam que declarar que votaram no atual presidente da República, e buscar os votos dos 55% de eleitores que elegeram Bolsonaro no segundo turno, porque não queriam Lula. A afirmação é do cientista político pernambucano Antônio Lavareda, ao fechar os debates de três dias do Essent Jus Experience, cuja aposta é a de que essas eleições majoritárias “serão normais”, polarizadas entre Lula e Bolsonaro.

“O eleitor já sabe que Moro ou Leite são anti-Lula. Eles só precisariam se posicionar, confessando que votaram em Bolsonaro. Há espaço, mas batem cabeça”, disse o cientista político, ao avaliar as possibilidades que estão na mesa, para a eleição de outubro. Com 40 anos dedicados a estudar campanhas políticas, 27 dos quais chegou a atuar diretamente em campanhas, Lavareda avaliou como equivocada a posição dos candidatos que tentam buscar um nicho do eleitorado que não quer nem Lula nem Bolsonaro. “Essa posição de nem Lula nem Bolsonaro é um desperdício, é um não exercício estratégico”, afirmou.

Segundo ele, pelos resultados atuais das pesquisas eleitorais, Bolsonaro teria poucas chances de reeleição, por causa da percepção de mais de 60% dos brasileiros de que os rumos da economia estão errados. Lembrou que somente um impacto na área econômica – como o lançamento do Plano Real por Fernando Henrique Cardoso em julho de 1994 – poderia catapultar o governo Bolsonaro ao primeiro lugar nas pesquisas. “Não há registro de nenhum candidato que tenha ganhado a eleição tendo menos de 45% de aprovação”, afirmou.

Polarização. O cientista político ainda relembrou o histórico das disputas presidenciais e apontou que a eleição mais polarizada do país foi a de 2006, quando o então presidente Lula, do PT, disputou a reeleição contra o tucano Geraldo Alckmin. “Lula e Geraldo, que hoje indicam formar uma chapa, tiveram mais de 90% dos votos, ou seja, não tinha mais ninguém, só dois candidatos com mais de 10% dos votos”.

Sobre a Essent Jus

 Criada em 2016, a Essent Jus é uma startup especializada em prestação de contas eleitorais de forma 100% digital. A empresa desenvolveu aplicativos e ferramentas para facilitar a vida de contadores que atuam especificamente neste ramo e, a partir de 2019, passou a fornecer essa tecnologia a escritórios de contabilidade parceiros em um método de parceria.

Na eleição de 2020 a rede contou com 924 escritórios em todo país, o ferecendo contabilidade especializada e serviços financeiros para partidos políticos e candidatos, que automatizam o controle financeiro, a arrecadação e a prestação de contas à Justiça Eleitoral. A starup pertence ao grupo Essent Negócios Contábeis, composto por Essent Contabilidade, Essent Jus, Essent Agro e MIRA Labs, que tem o compromisso de propor ideias inovadoras que aprimoram a gestão de empresas, partidos políticos e agronegócio.

foto>Reprodução @eduardoleite