Santa Catarina se despede hoje de um dos seus mais brilhantes escritores. Velório será no Crematório Catarinense, em Palhoça, a partir das 13h.
Carlos Damião, um dos maiores ícones do jornalismo catarinense, morreu ontem (17) em Florianópolis aos 67 anos, após sofrer uma queda. Ele morava sozinho no centro da capital e se recuperava de um longo período de depressão após o diagnóstico de perda gradativa da visão.
Damião foi um dos mais importantes e combativos comentaristas políticos do Estado. Trabalhou em jornais, rádios e emissoras de televisão de todo o pais, escreveu e organizou diversos livros e recebeu inúmeros prêmios por suas poesias, prosas e crônicas.
“Dono de uma das mais invejáveis memórias da história catarinense, Damião sempre foi reconhecido pelo brilhantismo da arte escrita, pela clareza de raciocínio e pelo frescor de seus haicais”, lembra a jornalista Maria Bauer, com quem Damião conviveu por dez anos.
Sua memória era sempre muito requisitada pelos amigos, que reconheciam nele a figura de um historiador. Mesmo depois de sofrer um AVC e o diagnóstico de rápida progressão de cegueira, continuou produzindo muitos textos em casa, um acervo que certamente será publicado pelos filhos João Felipe, Ana Júlia e Carolina.
Seu velório acontece hoje, a partir das 13h, no Crematório Catarinense, na BR101, km 217, em Palhoça. A cerimônia de despedida deve acontecer por volta das 17h.
