Blog do Prisco
Coluna do dia

O rombo na Celos e as perguntas no ar

O rombo na Celos e as perguntas no ar

Figuras conceituadas e que conhecem o setor elétrico catarinense a fundo seguem acompanhando com extrema preocupação as medidas anuncidas para tentar minimizar os efeitos do extraordinário rombo registrado pela Fundação Celos (o fundo de pensão dos servidores da Celesc): R$ 330 milhões.

Somente entre maio de 2014 e março de 2015 – em menos de um ano, portanto – o Fundo Sinergia V, um dos que compõe a carteira de investimentos da Celos – registrou rentabilidade negativa de 50%. São perdas milionárias.

Os atuais gestores anunciam ações no sentido de diminuir investimentos em créditos privados e, na outra ponta, tentar recuperar os inadimplentes; e também rever a política de aplicação em imóveis e, ainda, em fundos de participações; além de mudanças no viés dos fundos de ações da própria fundação. Outra medida em curso seria o aproveitamento da atual taxa Selic, que está nas alturas, para que a Celos passe a investir mais em títulos do governo. As duas perguntas que se faz no meio dos eletricitários: por que tais atitudes não foram tomadas antes? Por que só agora?

O que também ninguém sabe nem ousa responder: quanto tempo levará para se recuperar o milionário prejuízo e se houve, em algum momento, má-fé na gestão da Celos.

 

 

 

Realidade

Ainda sobre o rombo na Fundação Celos (R$ 330 milhões) cabe questionar porque a sangria não foi observada antes de atingir este valor astronômico? Um dos argumentos indica que a política de juros nas alturas do governo central (que agora voltou com tudo) provocava grandes lucros, maquiando a realidade.  E os responsáveis serão penalizados?

 

 

Luto

No fim da tarde de sexta-feira, faleceu a mãe do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, dona Maria Adelaide Tasso Pinho Moreira. Ela tinha 88 anos.

 

 

 

 

Sobrou pro motorista

Desembargador Nelson Schaefer Martins, presidente do Tribunal de Justiça, e o presidente da Alesc, deputado Gelson  Merísio, já engataram a primeira conversa sobre a necessidade de redução no custeio da máquina pública. De um lado, o magistrado defendendo a rápida tramitação dos projetos que extinguem o cargo de motorista no TJ e do que regulamenta a atuação dos juízes leigos nos juizados especiais.

 

 

 

Menos repasses

Do outro lado, Merísio argumentando acerca da necessidade de convergência em torno do projeto que visa reduzir o repasse constitucional que o Executivo faz para manter os demais Poderes, o chamado duodécimo. As conversas começaram, mas não resta dúvida de que o governo e a Assembleia vão encontrar dificuldades. Tanto nos Poderes quanto na “geleia” aliada.

 

 

 

A cruzada de Dalmo

Ex-secretário de Estado da Saúde, o deputado Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) está numa cruzada para aumentar de 12% para 15% o percentual mínimo que o Estado deve aplicar na área. Ele está percorrendo toda Santa Catarina, coletando assinaturas de presidentes das Casas ao projeto. Precisa do endosso de 150 legislativos municipais para a matéria dar entrada na Assembleia. A ideia é acrescer 0,5% ao ano até que os 3% de aumento sejam atingidos.

 

 

Do leitor

Leitor Marcelo Sestrem, de Florianópolis, questiona o porquê o Sindicato dos Servidores Públicos de Santa Catarina (Sintespe) ainda não devolveu a parcela que lhe caberia do desconto obrigatório de um dia de trabalho de cada funcionário. Isso relativo a 2014.  É tradição da entidade devolver a parcela por não concordar com a legislação que institui o desconto. Segundo Sestrem, está chegando a data do desconto de 2015 e, ao que tudo indica, o assunto vai ficar por isso mesmo. Seria a crise obrigando o Sintespe a rever posicionamentos?

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