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Coluna do dia

Os passos para o futuro governo de SC

Os passos para o futuro governo de SC

Os nomes do colegiado do futuro governo de Jorginho Mello em Santa Catarina passarão a ser anunciados a partir de 1 de dezembro.
Paralelamente à formação do governo, ele tem outro desafio mais imediato, embora um pouco mais distante no calendário. O novo governador será investido no cargo em 1 de janeiro.
Já no começo de fevereiro, a nova legislatura da Assembleia Legislativa será empossada. As articulações para formar a mesa diretora para o próximo biênio estão a todo vapor entre os 40 eleitos.
As conversas já vinham ocorrendo entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022.

Calendário

Evidentemente que o quadro vai afunilar em janeiro. Mas já há uma espécie de consenso da maioria em favor de um deputado que não pertença ao PL. A expectativa é saber se Jorginho Mello vai concordar com este encaminhamento.

Peso do PL

A argumentação das lideranças que estão à frente desta costura no Legislativo recai sobre o fato de que o PL, além do governador, elegeu o senador, 11 deputados estaduais e seis federais! Uma verdadeira avalanche eleitoral do 22.

Convergência

Seria interessante abrir espaço para outra sigla no Parlamento. O nome que ganha mais força é o do ex-presidente Mauro de Nadal, do MDB. Ele dividiu o atual mandato com Moacir Sopelsa, que vem pilotando a Casa desde fevereiro.

Opções

Há outros nomes à baila. Zé Milton Scheffer, do PP, Maurício Eskudlark, do PL, e Marcos Vieira, visto sempre com muita desconfiança, do PSDB.

Quarteto

No momento, dá pra cravar que o comando da Alesc ficará com um destes quatro deputados.
Com De Nadal presidente, Eskudlark ou Zé Milton poderiam ser o vice. Nos dois últimos anos, a composição mudaria. Até porque, se o emedebista emplacar agora, ele deve abrir vários espaços para o vice assumir. Ou seja, quem for vice agora não será presidente na metade final da legislatura.

De olho

Só que a operação não é tão simples. A deputada estadual Ana Campagnolo, do PL, fez quase 200 mil votos para a Alesc. O recorde anterior era de Gelson Merisio, com 129 mil sufrágios.

Articulando

Ela já deixou claro que vai pleitear a presidência. A deputada se considera madura politicamente para assumir o desafio e vai conversar com o governador eleito sobre o assunto.
Jorginho Mello, registre-se, vai precisar de muita habilidade para conduzir o processo.

Solidez

Para o governador é fundamental ter uma base majoritária no Legislativo. Algo em torno de 30 deputados, o que seria suficiente inclusive para alterações constitucionais.

Ferro e fogo

O PL fez uma bancada enorme, 11 deputados, mas uma parcela considerável destes parlamentares são eminentemente ideológicos, nada afeitos ao jogo político tradicional. É o grupo que trabalha mais sintonizado com as próprias ideias do com que questões partidárias.

Ventos favoráveis

Trocando em miúdos, Jorginho talvez poderá contar com cinco ou seis deputados da bancada de seu partido.
Realidade que pode favorecer Mauro de Nadal para acertar os ponteiros no Legislativo, evitando criar tensões extras na bancada do PL, algo que ocorreu com Moisés da Silva lá em 2019.
O atual governador, aliás, cometeu uma série de equívocos políticos que Jorginho, experiente e preparado, certamente não cometerá.
O governador eleito foi vereador, deputado estadual, presidente da Alesc, deputado federal, senador e agora conquistou o cargo máximo do Executivo estadual.