Blog do Prisco
Manchete

PL robusto em SC tem uma vaga para composição

O senador Jorginho Mello (foto) começou esta semana contabilizando o crescimento, robusto, do PL em Santa Catarina. Ele pilota a legenda no estado.
Durante a janela partidária, encerrada no fim de semana, a sigla dobrou de tamanho se considerarmos o número de deputados liberais.
O PL tinha cinco cadeiras na Assembleia Legislativa. Recebeu mais dois parlamentares: Ana Campagnolo e Jessé Lopes; e mais três deputados federais: Caroline De Toni, Daniel Freitas e Coronel Armando.
O partido passa a ter, em Brasília, quatro representantes contabilizado aí, ainda, o mandato do próprio Jorginho, que é senador.
Ou seja, no âmbito federal, o PL Barriga-Verde agora é maior do que o MDB, partido que encolheu, ficando com três assentos na Câmara Federal. Perdeu o senador Dário Berger. Ele migrou ao PSB.

Poder de fogo

Na Alesc, os liberais agora são a segunda maior bancada, com apenas dois parlamentares a menos do que a turma do Manda Brasa.

UB

Quem também cresceu foi o União Brasil. Dois eleitos pelo extinto PSL ficaram na sigla: Felipe Estevão e Ricardo Alba. Este último disputará a Câmara Federal.
Láercio Schuster, de Timbó, também está no UB após bater em retirada do Podemos. Ele votou pelo impeachment de Moisés da Silva e não ficaria numa sigla agora aliada ao chefe do Executivo. Outro que embarcou no UB foi o ex-PSC Jair Miotto. O União Brasil se iguala ao PT com quatro cadeiras na Alesc.

Ameaças e obstáculos

Voltemos, contudo, a Jorginho Mello. Ele se viu ameaçado nas últimas semanas com essa articulação de João Rodrigues, Clésio Salvaro e Luciano Hang.
O castelo de areia desmoronou assim como surgiu: num piscar de olhos. A ameaça deixou de existir. Só que agora o senador está tendo que assimilar os movimentos de Jair Bolsonaro no contexto do PL.

Nome ao Senado

Na solenidade de transmissão do cargo de vários ministros que saíram para concorrer no pleito de outubro, o presidente dedicou um minuto de sua fala para enaltecer o secretário da Pesca, Jorge Seif. O empresário é tido como filho 06 de Bolsonaro, tamanha sua proximidade com o chefe da Nação.

Nas redes

Jorge Seif, carioca que tem negócios em Santa Catarina, é o mais assíduo frequentador da presidencial live semanal.
No dia seguinte à solenidade de despedida dos ministros, no cercadinho em frente ao Planalto, o próprio presidente provocou a conversa, afirmando que o seu candidato ao Senado em Santa Catarina atende pelo nome de Jorge Seif.

Uma vaga

Jorginho Mello já sabe que se for para compor com outra legenda, vai ter que compor na vaga de vice. O Senado já está ocupado pelo pupilo presidencial.
O senador catarinense tem que estar preparado. Bolsonaro não vai se circunscrever a um único palanque nos estados onde ele poderá ter duas ou mais chapas lhe respaldando.

Na garupa de Bolsonaro

Jorginho Mello mais uma vez vai ter que pegar carona. Ele já é beneficiário da circunstância de ter o mesmo número de Bolsonaro em sua candidatura a governador. O fato de Seif contar com apoio irrestrito do presidente pode inclusive ajudar a colar a sua candidatura ao senado com a de Jorginho ao governo, fortalecendo nas urnas o resultado do PL em Santa Catarina.

Bastião contra a ditadura

Bolsonaro quer fazer uma bancada forte no Senado (onde se deveriam analisar os pedidos de impeachment dos ministros biônicos do STF). Jorge Seif é da confiança do presidente. É tratado como filho adotivo por Jair Bolsonaro.

Onda Bolsonaro

Em Santa Catarina, o ex-secretário nacional da Pesca é um ilustre desconhecido. Dono de negócios em Itajaí, embora tenha passado a maior parte da vida no Rio de Janeiro.
A força presidencial, contudo, pode guindá-lo ao Senado. Basta lembrar de Moisés da Silva em 2018. Ele era ainda mais desconhecido e chegou ao cargo máximo do Estado.