Blog do Prisco
Coluna do dia

PP e PSD em 2018

O deputado federal Esperidião Amin, que até ontem ainda presidia diretório estadual do PP, e o presidente da Assembleia Legislativa, Silvio Dreveck, sentaram para conversar na manhã desta segunda-feira.

Pauta única no encontro: a eleição para o comando do partido no Estado, marcada para a noite de segunda, 21. Já antevendo que não teria os votos suficientes para vencer a convenção estadual, Amin propôs uma saída salomônica na tentativa de evitar o confronto: dividir a presidência estadual do PP catarinense. O próprio ex-governador permaneceria até março de 2018 na proa do partido e depois entregaria o timão ao correligionário Dreveck.

Seguro acerca da possibilidade de vitória, o presidente da Alesc não aceitou. Informou a Amin que pretende bater chapa, o que é perfeitamente legítimo até pela condição de liderança estadual que o ex-prefeito de São Bento do Sul conquistou. Dreveck também informou ao colega de partido que pretendia definir ainda ontem a composição da nova Executiva estadual. E a cereja do bolo: caso este encaminhamento se confirmasse, o caminho fica livre para Gelson Merisio receber o apoio antecipado de mais um partido no contexto de seu projeto estadual (já conta com o PSB). O anúncio poderia ser feito ainda ontem, depois das definições do novo presidente e da nova executiva estadual pepista.

 

Arestas

Na coluna de ontem, informamos que daríamos mais detalhes, nesta edição, sobre as diferenças entre Esperidião Amin e o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, ex-presidente da Alesc que foi candidato a vice-governador na chapa de Paulo Bauer em 2014. O alcaide, a exemplo do líder do PSD na Assembleia, Milton Hobus, também gravou um áudio contestando as informações de Amin à Rádio Araranguá, também  no sábado e que incendiaram os bastidores da política Barriga-Verde.

 

Antecipar é preciso

Em linhas gerais, Ponticelli disse que o PP tem ficado isolado nos últimos 20 anos porque se acostumou a deixar a definição eleitoral sempre no apagar das luzes, nos prazos fatais. O prefeito, já antecipando seu apoio a Silvio Dreveck na disputa estadual do PP, defendeu cristalinamente que o partido mude o comando e já defina o rumo com vistas a 2018. Sinalização clara de que o próprio Pontielli também está fechado com Merisio.

 

Sem imposição

Joares Ponticelli também contestou informações de bastidores, que teriam sido fomentadas por Esperidião Amin, de que teria imposto sua candidato a vice em 2014. De acordo com o prefeito, o ex-governador discursou antes dele na convenção do PP de 30 de junho daquele ano e declarou que o candidato majoritário do PP deveria ser Joares Ponticelli.

 

Frase

“É preciso restabelecer a verdade. Preciso esclarecer senão pode transparecer que eu impus a minha candidatura (a vice de Paulo Bauer). Isso não é verdadeiro” Joares Ponticelli, sobre as insinuações de que teria imposto sua presença na chapa majoritária de 2014.

 

Veto

O deputado federal João Rodrigues (PSD) reforçou, em suas redes sociais, por meio de vídeos, que não estará em coligação política em 2018 que tenha apoio do PT e do PCdoB. O parlamentar alega respeito aos seus eleitores e aos seus adversários políticos.

 

Recado

Segundo deputado federal mais votado no Estado, com 221.409 votos, João Rodrigues diz que fora essas siglas não descarta nenhuma aliança partidária, seja com o PP, PSDB, DEM, PR, PMDB, entre outras. Em relação às eleições presidenciais, João aponta como preferenciais do seu apoio: Geraldo Alckmin ou João Dória e Álvaro Dias. Quando Rodrigues afirma que não descarta estar com PP e do outro lado, com o PMDB, está mandando claro recado ao PSD e a Gelson Merisio, no melhor estilo, “olha, eu também sou uma opção majoritária.”