Blog do Prisco
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PSDB pode perder espaço na presidência da Alesc

Fato novo nos bastidores da disputa pela presidência da Assembleia, que o blog vem acompanhando passo a passo em primeira mão. A iniciativa que pretende dividir o próximo mandato (2017 e 2018) entre PP e PSDB esbarra em desentendimentos internos no ninho tucano. A bronca atende pelos nomes dos deputados Leonel Pavan (E), segundo vice-presidente da Casa, e Marcos Vieira (D). Quando o primeiro emprestou apoio ao segundo na corrida pela presidência estadual do PSDB, o fez com a garantia de que a recíproca viria para a presidência do Legislativo.

Como a Operação Transparência – aquela que acabou impedindo Pavan de candidatar-se ao governo pela tríplice aliança em 2010 – está tramitando no Tribunal de Justiça, existe o temor que ocorra ao tucano o que aconteceu com Romildo Titon. Este foi afastado da presidência a partir das investigações da Operação Fundo do Poço, que colocou o parlamentar do Oeste sob forte suspeição. Joares Ponticelli acabou completando o segundo ano do mandato.

Aberta a brecha, Vieira resolveu entrar. E Pavan já tem dito a interlocutores que deveria ter apoiado a reeleição do senador Paulo Bauer à presidência do tucanato catarinense. Clima quente.

Quórum

Com os votos de PSD, PSDB, PP e o PT o grupo já teria o número suficiente para emplacar o novo comando da Alesc.

Apetite

Eleito presidente estadual do PSDB, derrotando um senador da república, Marcos Vieira agora quer também a outra presidência: a da Assembleia.

Fora da mesa

Os principais articuladores deste processo, que visa a deixar o PMDB bem longe do comando do Legislativo no próximo biênio, que deságua no ano eleitoral de 2018, já estão de olho em uma alternativa que não dependa do PSDB, hoje absolutamente rachado. Os tucanos podem perder o segundo ano da presidência. O primeiro ficaria com Silvio Dreveck (PP).

Banco de reservas

A saída são as pequenas bancadas. Há informações indicando que o grupo conta com cinco votos em partidos menores. É o número exato para substituir os cinco estaduais do PSDB.

Recado

Por outro lado,  há quem interprete a busca pelos pequenos partidos na Alesc como um recado direto ao PSDB. Na linha de que “ou vocês se entendem, ou vão ficar a ver navios.”

Na foto, na ponta da mesa, estão Serafim Venzon e Vicente Caropreso. O quinto tucano, Mário Marcondes, que chegou ao partido na janela de março, não aparece na imagem.

Foto> divulgação