Blog do Prisco
Coluna do dia

PT apagado em SC

É impressionante como o PT, enquanto partido político, anda apagado em Santa Catarina. Seus dirigentes caminham por 2023 inertes, sem ação e movimento. Se não fossem os quatro deputados estaduais reeleitos, Luciane Carminatti, Neodi Sareta, Padre Pedro e Fabiano da Luz, a sigla, o partido PT sequer seria mencionado no dia a dia da política local.
Graças à atuação desse quarteto na Assembleia Legislativa, que poderíamos definir como articulada, sem arroubos extremistas, o partido ganha visibilidade. São deputados ativos, que se manifestam e interagem nos temas propostos pelo Executivo. Também se posicionam no debate político com bom senso, fugindo daquele discurso puramente ideológico.
Não passou despercebida a presença do líder petista na Alesc, Fabiano da Luz, na comitiva do governador ao Panamá. Também acompanharam Jorginho Mello dois deputados emedebistas, o presidente do Parlamento Estadual, Mauro de Nadal; e Antídio Lunelli, cotado como um dos possíveis vices de Jorginho no projeto de reeleição.

Competência

Quando se trata de propostas do governo que ingressam na Assembleia, como a Universidade Gratuita, destaca-se a atuação pertinente e efetiva de Carminatti – que desfruta de bom trânsito nas mais variadas frentes do Legislativo. Ela também é defensora do Magistério. Há, ainda, Saretta, diligente nos temas de saúde. Ele foi duas vezes prefeito de Concórdia e inclusive presidiu o Parlamento. Padre Pedro também é muito ativo e articulado.

Quantitativo

Observando-se as eleições futuras, será complicado, apesar da atuação destacada do quarteto alesquiano do partido, que o PT eleja duas dezenas de prefeito nas 295 cidades. Na avaliação da coluna, os petistas devem atingir, no máximo, os dois dígitos na eleição às prefeituras no próximo ano, ou seja, 10 mandatários municipais.

Sem brilho

O PT também conta com dois federais. Reelegeu Pedro Uczai e elegeu Ana Paula Lima. A atuação da dupla, contudo, tem sido mais voltada a Brasília sob a orientação partidária. Aqui em Santa Catarina, pouco se ouve falar deles. Andam sumidinhos, quietinhos.

Estagnação

O PT, que chegou ao segundo turno em Santa Catarina com Décio Lima, e que está à frente do governo federal com Lula da Silva, não tem mostrado força política entre os catarinenses. O governador, enquanto líder maior do estado e presidente do PL catarinense, tem conseguido adesões de outros partidos, enquanto o PT parece estagnado.

Na proa

As perspectivas eleitorais em Santa Catarina para o PL e o PSD são promissoras para 2024. Os pessedistas estão muito ativos, articulando sem parar e vêm se reforçando. Já o tradicional PP faz movimentos aqui e ali, mas segue no diapasão de Esperidião Amin sob o aspecto da articulação.

Perfil

O senador nunca foi conhecido por ser um agregador. Pelos lados do MDB a banda segue tocando numa batida semelhante à do PP, muito abaixo das expectativas, considerando-se o histórico portentoso e vitorioso do partido entre os catarinenses.

Ninho vazio

O PSDB, não custa lembrar, definha à luz do dia. O Novo conta apenas com Adriano Silva, prefeito de Joinville, maior colégio eleitoral de Santa Catarina.

Quadro

Em resumo, a paisagem político-partidária em Santa Catarina indica um fortalecimento do PL e do PSD enquanto o PP e o MDB estão em viés de baixa e devem encolher um pouco mais no pleito do ano que vem. Se o PP conquistar 50 prefeituras poderá soltar foguetes. O mesmo raciocínio vale para o MDB se o partido ficar na casa das 70 administrações que sairão das urnas em outubro de 24.

O de sempre

Na esquerda, perspectivas nada animadoras, também, para PDT, PSB, PSOL e afins. Resumidamente, este é o quadro político-partidário no estado neste início de novembro de 2023.