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Coluna do dia

PT coloca pressão

PT coloca pressão

O armistício do PT com a nova equipe econômica vai durar pouco. Já nesta primeira semana de 2016, a bancada da Câmara pretende entregar um documento ao ministro Nelson Barbosa, com uma série de propostas. Muitas delas chocam com as políticas do governo. Os deputados catarinenses Décio Lima e Pedro Uczai integram o grupo que vai intensificar a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff para que adote um pacote de medidas na economia, como a reformulação da cobrança do imposto de renda, com adoção de alíquota de até 40%, a tributação de lucros distribuídos por empresas a acionistas, além da busca de empréstimos na China.

A maioria das propostas já vinha sendo defendida pelo partido e chegaram a constar da resolução aprovada no Congresso do PT, em Salvador, em junho. Os petistas querem “aprofundar a justiça tributária, com a tributação dos setores privilegiados da sociedade, já que atualmente os impostos recaem sobre a classe média e os trabalhadores”.

Fazer caixa

A venda de papéis da dívida ativa para bancos privados também é uma providencia que merece prioridade na visão dos parlamentares. O encaminhamento seria o seguinte: os bancos comprem com desconto papéis da dívida e executem as cobranças. Os estados e as prefeituras também poderiam aderir ao programa e vender as suas dívidas.         Calcula-se que há entre R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão vendável. Isso resolveria os problemas de caixa da União, dos governos e das prefeituras.

Recuperação

Pelo visto, Dilma Rousseff acolheu a sugestão do presidente do PT, que na semana passada pediu que a presidente aproveitasse a virada do ano para formular uma pauta econômica para o País. O Planalto também está preparando um documento para lançar as novas diretrizes econômicas do governo. A ideia é apresentá-lo entre o final de janeiro e início de fevereiro, na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O Conselhão é uma iniciativa de Lula da Silva, só que a última vez que Dilma o convocou foi em julho de 2014. Como a água já está batendo na altura do pescoço, a presidente tentará ressuscitá-lo. Na verdade é uma tentativa de renascimento do governo.

Desafios

O advogado Paulo Marcondes Brincas tomou posse na última sexta-feira na presidência da OAB-SC. Ele sucede no cargo Tullo Cavallazzi Filho, eleito para integrar o Conselho Federal. O ato, protocolar, teve apenas a presença de diretores e alguns conselheiros. A solenidade oficial, com autoridades e convidados, será dia 18 de fevereiro, em Florianópolis. A nova diretoria dará continuidade ao trabalho realizado nos últimos três anos, com ênfase na defesa das prerrogativas profissionais, fiscalização, inclusão digital e apoio na construção de um projeto de assistência jurídica gratuita.

Fora da curva

O ano de 2015 foi atípico para o Brasil, que vinha de um longo período de fartura e ascendência nos negócios e, a partir do fim do ano anterior, começou a experimentar um período de turbulência econômica devido a vários fatores – encarecimento de produtos, mão-de-obra escassa, queda nos investimentos e aumento do dólar. O fato é que, segundo o presidente do Sindicato da Habitação do Oeste, Altir Paludo, Chapecó foi na contramão deste movimento nacional retrógrado. A entidade promoveu diversos eventos e está convencida de que a cidade para receber os investidores.

Aposta

Ao fazer um balanço do ano político e de seu mandato, que começou em maio, com a morte de Luiz Henrique da Silveira, Dalírio Beber analisa que a crise econômica e política poderá se agravar em 2016, diante da incapacidade do governo Dilma Roussef de enxugar custos e admitir erros de gestão. Para o senador tucano, a possibilidade de impeachment não se trata de golpe, mas de mecanismo absolutamente democrático, previsto na Constituição.