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Coluna do dia

Recorde nas urnas

Recorde nas urnas

Nunca antes na história de Santa Catarina tivemos tantos candidatos ao governo do Estado. Por ora, são nove, podendo chegar a uma dezena de postulantes se o defensor público Ralf Zimmer conseguir arrancar sua candidatura pelo PROS. O que é pouco provável, registre-se.
Desde 1982, quando do restabelecimento das eleições diretas para governadores, jamais o eleitorado catarinense teve a oportunidade de escolher entre nove nomes. E projetos.
Estamos falando de um lapso temporal que comportou 10 eleições! Com o detalhe: também não há registro na história de tantos candidatos competitivos, a bordo do bom potencial eleitoral, com conteúdo e boa comunicação.
Apenas dois dos nove surgem como meros figurantes. Os candidatos do PSTU e do PCO, duas siglas de extrema, extremíssima esquerda. E absolutamente irrelevantes.
Os sete no páreo são: Jorginho Mello (PL), Esperidião Amin (PP), Décio Lima (PT), Gean Loureiro (UB), Moisés da Silva (Republicanos), Odair Tramontin (Novo) e Jorge Boeira (PDT).

Afunilando

Evidentemente que dentre este septeto, temos cinco concorrentes com mais visibilidade e potencial eleitoral.
Jorge Boeira e Odair Tramontin são neófitos em pleitos estaduais, embora não sejam estreantes nas urnas. Não estão coligados e não disporão de fartos recursos para a campanha. São fatores que pesam contra.

Combate à corrupção

Tramontin é do Novo, partido lavajatista, que apoiou como ninguém a Lava Jato, o combate à corrupção. É um partido liberal e o seu candidato é de Blumenau, mesmo território de Décio Lima, este umbilicalmente ligado ao ex-presidiário Lula da Silva, o símbolo maior da roubalheira neste país.

Marca forte

Tramontin é promotor licenciado e tem batido forte na questão da corrupção e envolvimento do PT, que esteve no centro do maior esquema de corrupção da história da humanidade. O Novo e Tramontin também destacam, e é emblemático, que não usam o escorchante Fundo Eleitoral.

Conjecturando

Tramontin pode vir a ser um azarão. É provável? Não, mas também não é impossível. Em todos os pleitos temos que considerar o fator imponderável.

Pulverização

Ainda mais num estado com tantos candidatos bolsonaristas: Jorginho Mello, que carrega para a urna o 22 do presidente, Esperidião Amin, do PP, partido aliado de primeira hora do chefe da nação, e Gean Loureiro, que tem como coordenador de campanha um bolsonarista raiz, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues.

Tripé

Este trio está de olho no voto conservador. Se a votação de 2 de outubro for muito diluída entre eles, e ainda tem o governador que também pode beliscar votos no segmento até pelo recall de 2018, Tramontin poderia correr por fora. Por que não?

Recorte

Indiscutivelmente, ao natural, contudo, os nomes mais fortes para chegar ao segundo turno, a priori são os dois senadores, o de Décio Lima, mais Gean Loureiro e o governador do Estado. Como se diz no interior, devem disputar a foice cada voto catarinense.

Vinculação

Na base da transferência do 22 e do 13, Jorginho Mello e Décio podem levar vantagem neste cenário complexo. Desde que Bolsonaro confirme o favoritismo e Lula da Silva não derreta. As duas hipóteses são bem palatáveis. O governador entra nesta contabilidade dos três mais aptos no momento. Até pela força da máquina.