Blog do Prisco
Coluna do dia

Recuperar o prejuízo

Segue repercutindo o corte orçamentário que atingiu em cheio as verbas federais previstas para Santa Catarina em 2022. A esmagadora maioria dos estados passou ilesa pela tesourada.

Não dá pra aceitar a postura do presidente em relação aos catarinenses. Até hoje, Jair Bolsonaro, que já completou três anos de governo, não fez uma única visita ao Estado com agenda de trabalho.
Nunca sentou com o governador, com as federações empresariais, enfim, o presidente da República ainda não pisou no Centro Administrativo e no Palácio Residencial.
Tudo bem que Moisés da Silva pisou na bola lá atrás, fazendo críticas em veículos nacionais de imprensa contra Bolsonaro.
O presidente, no entanto, precisa ter grandeza, estatura. Santa Catarina não é um estado qualquer. Isso não pode continuar assim.

Só espuma

Há registros de vários encontros de lideranças locais com a cúpula do governo federal.
Até hoje, só acenos, promessas. Nada de concreto. Tarcício de Freitas foi um dos mais assediados. É um homem competente, mas cumpre ordens.

Pires na mão

O titular da Infraestrutura confirmou para o dia 8 à tarde uma audiência com a bancada federal de Santa Catarina. Há uma esperança de se recuperar o prejuízo, mas ela é remota. Outro estado atingido pelo corte é o Piauí, base do senador Ciro Nogueira, o super ministro do governo atualmente.

Caso pensado

Lá, o corte é proposital. Visa prejudicar o governador petista, adversário de Ciro no Piauí.
Pergunta-se: o que SC tem a ver com isso?

Segundo tempo

Não custa lembrar que em dezembro, o governo já havia feito outro corte de verbas. Somando-se as duas tesouradas, são nada mais nada menos do que R$ 83 milhões previstos para Santa Catarina.

Ausente

Moisés da Silva, por mais que o presidente o ignore, tem que estar à frente das bandeiras estaduais. Ocorre o oposto, contudo. O governador está ausente. Conduta tímida, nada afirmativa, assertiva.

Reação

Foi dura a reação oficial da Facisc em relação ao corte orçamentário. Em nota oficial, o presidente Sérgio Alves assinalou: “Esperamos uma reação mais contundente dos nossos representantes políticos e que alguma medida compensatória seja feita. Não podemos continuar sendo desprestigiados no contexto federal, principalmente diante de tanta contribuição que representa nosso estado no contexto público e privado.”

Contra o fundão

A Fiesc, representada pelo seu presidente, Mário Cezar de Aguiar, quer se juntar ao processo apresentado ao Judiciário pelo partido Novo para barrar o aumento do Fundão Eleitoral.
O total chegará a quase R$ 5 bilhões para suas excelências fazerem a festa durante a campanha eleitoral. É dinheiro dos impostos que não tem qualquer controle e é usado conforme os desejos, políticos e pessoais, dos donos dos partidos brasileiros. Uma farra sem fim.

Crédito

Os estragos causados pela estiagem nas lavouras de Santa Catarina devem causar redução de 43% na safra de milho. Para minimizar os impactos da falta de chuvas, porém, os produtores rurais contam com o apoio do Governo do Estado com linhas de crédito especiais, entre elas o Reconstrói SC, que oferece condições de pagamento facilitadas e um desconto de 50% no valor financiado.