Rumo ao cadafalso
Outrora todo poderoso, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), caminha rapidamente rumo ao cadafalso. A corda passou a enfeitar seu pescoço definitivamente esta semana, quando o Conselho de Ética da Câmara aceitou, depois de cinco meses de enrolação, o processo que pede a cassação do seu mandato. No dia seguinte, seis ministros do STF, a maioria, portanto, votou favoravelmente à denúncia da Procuradoria Geral da República, transformando a ex-vestal peemedebista em réu. Aliás, o primeiro da Lava Jato.
Trata-se de fato inédito na história da República. Um presidente de poder devidamente assentado no banco dos réus. Cunha, que já chegou a controlar cerca de 120 deputados, está anêmico. E seu tempo no comando da Câmara, com os dias contados. Salvo um desastre político, algo infelizmente possível no Brasil.
Depois de Cunha, o próximo chefe de poder a ser transformado em réu deve ser Renan Calheiros, o notório presidente do Senado. Com Dilma isolada e acossada por denúncias de todos os lados, pelo jeito só vai ser salvar o presidente do Supremo!
Hein?
A situação de Eduardo Cunha é tão crítica que os parlamentares tem se revezado na tribuna, de corpo presente, para pedir sua destituição da presidência, além da cassação do mandato. De Santa Catarina, nenhum dos 16 representantes manifestou-se até agora. Silêncio sepulcral.
República por um fio
Vazaram ontem detalhes, bem detalhados, da deleção premiada do senador Delcídio do Amaral (PT), ex-líder do governo. Sua excelência entregou todo mundo: Lula, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, Erenice Guerra, e por aí afora. Mas revelou também minúcias da negociata brava em torno da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Somente essa transação é um escândalo gigantesco, mas que se transforma gota d’água no oceano da corrupção canalizada pelo PT e seus aliados, como PMDB e PP. A República está do avesso. E de luto!
Centro de Eventos
Deputado Leonel Pavan recebeu a garantia do governador Colombo de que as obras do Centro de Eventos de Balneário Camboriú não serão interrompidas. Pavan levou ao governador a preocupação da população e do Trade turístico da região, noticiada pela imprensa regional de que as obras poderiam ser interrompidas pela possível falta de repasse de verbas do governo federal.
Não para
Audiência no Centro Administrativo do Governo do Estado em Florianópolis contou com a presença da prefeita de Camboriú, Luzia Coppi. O governador garantiu que vai atender a reivindicação de Pavan e que mesmo que o governo federal não repasse o dinheiro para execução da obra os recursos estaduais serão garantidos para que os serviços não sejam paralisados.
Pai da criança
Existe uma disputa política sobre a “paternidade” do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, principalmente entre o próprio Pavan e o prefeito Edson Piriquito (PMDB), com reflexos também no governo do Estado.
Bauer e a Zika
A Comissão Especial que analisa a Medida Provisória que autoriza agentes de saúde a entrarem em imóveis públicos ou privados quando houver suspeita da presença de focos do mosquito Aedes Aegypti (MP 712 de 2016) vai fazer três audiências públicas. O objetivo é debater as medidas para eliminação dos focos e contenção das doenças causadas pelo mosquito: dengue, vírus zika e febre chikungunya. O presidente da Comissão, senador Paulo Bauer (PSDB/SC), e o relator da MP, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB/MG), definiram um calendário para as discussões.
