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Se há esperança, por que não tentar?!

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o Projeto de Lei 4639/16 que autoriza a produção e o uso da fosfoetanolomina sintética aos pacientes com câncer, mesmo antes da conclusão dos estudos que permitam à Anvisa analisar o pedido de registro definitivo como medicamento. A matéria será analisada ainda pelo Senado.
Sabemos que a substância é alvo de dois estudos clínicos, um feito pelo governo paulista, que tem a supervisão de Chierice, criador da pílula do câncer na síntese da substância, e outro, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em entrevista à Carta Capital na edição 889, o ministro de Ciência, Celso Pansera, destaca que resultados preliminares indicam que a substância não é prejudicial aos pacientes, embora não se saiba sua real eficácia. Então, por que não devolver a esperança para estas pessoas? Enquanto não se comprova a eficácia, deixemos que as pessoas tenham livre escolha e responsabilidade no acesso à substancia, sem custos ao governo.
Segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva, mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas anualmente com câncer. Cerca de 8 milhões morrem. No Brasil, o Inca estimou em aproximadamente 580 mil casos novos da doença em 2015. Se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de novos casos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que 2/3 das vítimas vivem nos países em desenvolvimento.
Se há esperança, por que não tentar?!

 

Ronaldo Benedet, deputado federal.

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