Blog do Prisco
Coluna do dia

Segurança sob risco

Dos 27 estados da federação, em 12 deles há mobilizações de policiais militares reivindicando reposições inflacionárias aos seus vencimentos, além de mudanças na carreira.

Em Santa Catarina, a Associação dos Praças (Aprasc) segue tentando negociar perdas de 37%, mas não houve avanços ante a proposta inicial do governo, que ofereceu 12,5%, um terço do total pleiteado pela categoria.

A tensão é crescente. Esta semana, o governo cancelou em cima da hora reunião com dirigentes da Aprasc, que se deslocaram de todas as partes do estado a Florianópolis e ficaram a ver navios.

João Carlos Pawlick, presidente da entidade, verbalizou a insatisfação. Chamou o pacote do governo de “indecente.” Depois do cancelamento da agenda, Pawlick declarou que este tipo de atitude só vem a reforçar a mobilização.

Alô, governador

A grande verdade é que esse assunto precisa ser tratado com seriedade e diretamente pelo governador do estado, que é militar da reserva. Registre-se que o sério e competente secretário Jorge Tasca (Administração) não tem poupado esforços, mas ele tem limite de autonomia e atuação. Passou da hora de Moisés da Silva entrar no circuito e resolver essa situação.

Gravidade

Lembrando que dos 12 estados onde há movimentos por melhorias salariais, em cinco os PM’s estão em greve, ou seja, isso é da maior gravidade e preocupação. Nessa toada, a estabilidade do país corre riscos.

Joio e trigo

Importante frisar: policial militar só existe fardado, devidamente identificado e atuando sob ordens superiores. Fora disso, é milícia. Um cidadão armado com rosto encoberto, seja policial ou não, é bandido. Optou pela marginalidade e assim precisa ser tratado. A luta da Aprasc é justa, assim como em outros estados, agora desde que tudo ocorra dentro dos limites da lei.

Alvo certo

No Ceará, a situação já fugiu ao controle faz tempo. O ápice foi a atitude inconsequente do senador Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, de tentar furar um bloqueio (onde estavam, além dos policiais, crianças e mulheres) pilotando uma retroescavadeira. Foi alvejado e os tiros eram para matar. O atirador mirou no lado esquerdo do peito. Isso não tem o menor cabimente, não pode ocorrer.

Críticas

Surpreendendo trabalhadores da iniciativa privada que assistiam a sessão de quarta-feira (19) da Assembleia Legislativa, deputados classificaram de tímida e light a proposta de reforma previdenciária do Executivo barriga-verde e cobraram investimentos em infraestrutura.

FRASE

“Uma proposta muito tímida, uma reforminha ou reforma light se comparada aos vizinhos gaúchos e paranaenses. O teto é muito baixo, deveria ser mais corajoso, a economia consolidada ao longo de 10 anos será de parcos R$ 900 milhões para um déficit de R$ 4,3 bilhões anuais.” Bruno Souza, deputado estadual, sobre a proposta de reforma previdenciária do governo do estado

Oi, Bolsonaro

Deputado estadual Ricardo Alba ficou no PSL catarinense, apesar do movimento de ruptura liderado pelos bolsonaristas catarinenses.

Temendo perder a conexão com o presidente e seu eleitorado no estado, o blumenauense escalou a tribuna da Assembleia para apresentar dados da gestão federal. Segundo informou o parlamentar, o INSS economizou mais de R$ 4,37 bilhões; o BNDES registrou maior lucro da história no primeiro trimestre de 2019, com R$ 11 bilhões; a Embraer saiu do prejuízo e lucrou R$ 26 milhões; a menor taxa de juros da história, Selic a 4,25%.