Blog do Prisco
Coluna do dia

STF faz escola

O que estaria o MPSC querendo ao tentar determinar o que o Executivo estadual deve estabelecer em termos de critérios sanitários relativamente à pandemia? O que é isso? Se a douta Promotoria entender que há um ou outro ponto que precisa de correção, muito bem. Existem os canais para, inclusive, se entabular uma conversa pessoal com os governantes antes de atulhar ainda mais o Judiciário com novas e impertinentes ações.
Num segundo momento, o MPSC até poderia recorrer ao Judiciário. É do jogo. Mas eles querem determinar tudo, todos os detalhes de como será o tratamento ao setor turístico, tão importante para Santa Catarina, com vistas às restrições oriundas da Covid19. Alto lá, senhores e senhoras. Isso não é papel do Ministério Público. Como também não é papel do Judiciário, que uma vez provocado, acaba sendo obrigado a se posicionar. Enquanto um juiz de primeiro grau entendeu que o Executivo deveria acatar as bases propostas pelo MPSC, outros dois desembargadores frearam a investida e negaram provimento às ações. Foram três manifestações do MP junto ao Tribunal de Justiça, envolvendo dois desembargadores. Raulino Jacó Brüning e Alexandre D’Ivanenko se posicionaram de forma correta e não embarcaram na onda do MPSC.

Contaminação

Já basta termos neste país um STF que dá ordens em tudo, uma verdadeira ditadura suprema, que está extrapolando todos os limites. O papel do STF é preservar a Constituição. Ponto. Esta atribuição, aliás, é a única à qual os supremos togados não têm dado qualquer contribuição. Muito pelo contrário. É um péssimo exemplo que, ao que tudo indica, aqui em Santa Catarina começa a contaminar o MPSC.

Limites

Não é atribuição constitucional do Ministério Público definir as regras da pandemia. Seria de bom alvitre que neste 2021 cada poder se ativesse apenas e tão somente às suas competências legais. Faria um bem enorme ao país e ao estado.

Em ascensão

Cotado como possível candidato ao governo do Estado em 2022, Antídio Lunelli (MDB) tomou posse para o segundo mandato em Jaraguá do Sul nesta sexta-feira. Foi reeleito, aliás, com mais de 70% dos votos. Além disso, foi o primeiro prefeito reeleito na história do município, onde os eleitores são conhecidos por seu apurado senso crítico.
Antídio tem uma história de vida peculiar, saiu da roça, montou um pequeno negócio e hoje a Lunelli é uma das maiores empresas têxteis do país, tem marcas como a badalada Lez a Lez.

Avaliando

Perguntado sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado, ele diz que nunca tinha pensado nisso até a imprensa estadual ventilar essa possibilidade. Ao mesmo tempo, diz que é um homem que sempre gostou de desafios e que gostaria de ver Santa Catarina melhor, reassumindo seu papel de destaque no Brasil.
No discurso de posse, Antídio Lunelli voltou a falar em desburocratização e defender o papel dos governos como facilitadores.

FRASE

“Este certamente será o melhor governo que já fizemos para Criciúma. Digo isto porque a casa está pronta. Pagamos dívidas, trabalhamos para colocar tudo em dia e governamos o governo.” Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma