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TCU pode retomar investigações sobre suspeitas na Beira-Mar de São José

Lembra das pesadas suspeitas que recaíram sobre as obras de construção da Beira-Mar de São José (foto), quando o hoje senador Dário Berger era prefeito da cidade, tendo como secretário de Obras, no segundo mandato, seu irmão, Djalma, que acabou de assumir a presidência da Eletrosul? As dúvidas motivaram a abertura de uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU), uma vez que a construção foi viabilizada em grande medida com recursos federais (e estaduais também). Além de uma ação judicial, também na esfera federal.

irmãos berger tcu

CONDENAÇÃO NO TRF4

A avenida foi inaugurada em março de 2004 e chegou a se transformar em tomada de contas especial, gerando multa de R$ 162 mil, em 2012, aos irmãos Berger. Penalidade que depois foi reduzida à metade. Ou seja, punição das mais brandas diante das irregularidades. Tudo de forma abrupta, quando técnicos do TCU recomendaram a condenação. Até porque, os dois já foram condenados pelo TRF4 (Justiça Federal), em Porto Alegre, pelo mesmo motivo.
Quando o TCU aliviou a vida dos dois Berger, os notórios Aroldo Cedraz, atual presidente do tribunal, e seu filho, o advogado Tiago, já estavam atuando com tudo em negociatas para livrar políticos enrolados com obras e ações suspeitíssimas. A partir do estouro da Lava-Jato, o esquema familiar dos Cedraz foi guindado ao olho do furacão. Os arranjos foram tão escancarados (e tornados públicos pelas investigações da Polícia Federal) que ministros e técnicos do TCU estão avaliando, seriamente, a possibilidade de rever inúmeras decisões polêmicas despachadas pela corte no áureo período dos Cedraz. Se isso acontecer, fontes influentes na Capital federal apostam que o rumoroso caso que envolve a família catarinense, o da Beira-Mar josefense, tem tudo para entrar nessa lista.