Como parte do acordo para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT), o PR, já à época presidido pelo deputado federal Jorginho Mello (foto de capa) em SC, desbancou o PT da Superintendência do DNIT no Estado. Dentre os cargos federais no território catarinense, este é o segundo m ais importante, ficando apenas atrás da presidência da Eletrosul.
Há três anos, o parlamentar indicou o engenheiro Vissilar Pretto (foto interna), funcionário de carreira do órgão. Ontem, por volta do meio-dia, ele recebeu um telefonema de Brasília e foi informado que estava sendo exonerado do cargo. O ato oficial saiu à tarde.
Evidentemente que a demissão de Pretto está no contexto da votação de quarta-feira, quando Michel Temer se livrou da denúncia por corrupção passiva. O PR orientou seus deputados a votarem pela suspensão do processo, mas o deputado catarinense contrariou a perspectiva partidária e votou com a oposição ao presidente.
PSDB e ESTRUTURA
O PT de Santa Catarina nunca engoliu a presença de Vissilar Pretto no comando do DNIT-SC. Segundo petistas, familiares do engenheiro costumavam trabalhar para o PSDB nas campanhas eleitorais. Mesmo assim, o acordo com o PR de Jorginho Mello, naquele ano eleitoral de 2014, foi mantido.
Em oito meses, o PR de Santa Catarina deixou de comandar a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (SOL – o partido rompeu com o governo Colombo em novembro do ano passado) e agora o DNIT. Na sexta à noite, o Jornal Nacional abriu sua edição justamente para a situação dos apadrinhados que estão sendo demitidos por serem considerados traidores pelo Planalto. E ilustrou a matéria justamente com o caso do DNIT catarinense e o voto do deputado Jorginho Mello, que deu uma bela emplacada nacional em termos de mídia. Mas quanto à estrutura política, que é o mais importa em períodos eleitorais, no momento o PR fica desidratado.
Foto>Dnit-SC, divulgação
