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Tucanos na mira de Moisés da Silva

O governo Moisés da Silva está repleto de lideranças dos principais partidos políticos. O MDB já estava devidamente assentado no governo. Aliás, o partido, desde 2003, jamais deixou de ocupar cargos importantes. Sim, Paulo Eli, da Fazenda; e Leandro Lima, do Sistema Prisional, dois emedebistas de cruz na testa, chegaram ao primeiro escalão em 2018, ano de mais um mandato-tampão de Eduardo Pinho Moreira. E continuaram com assento no Colegiado!
Os dois se licenciaram do partido. Uma mera formalidade, que não corta laços políticos e nem apaga a história partidária de quem quer que seja.
Aliás, expediente semelhante foi usado para trazer o PSD à nau de Moisés no fim de 2020.
Eron Giordani é PSD. Da gema! Também se afastou formalmente do partido, mas jamais deixou suas ligações com líderes da legenda, como Júlio Garcia e João Rodrigues.

 Rivais históricos

O MDB consolidou sua presença através da investidura, recente, de seu líder na Alesc, Luiz Fernando Vampiro, na Secretaria de Educação.

Em janeiro deste ano, um pouco antes, o PP também assegurou espaço no colegiado, indicando o deputado Altair Silva para a Secretaria de Agricultura, o que abriu espaço para o retorno do ex-presidente da Assembleia, Silvio Dreveck, ao tabuleiro.

Reformulando

Por fim, na segunda-feira passada, o ex-prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, assumiu a poderosa secretaria de Desenvolvimento Econômico. Na cota do PSL de Moisés. Não do PSL dos deputados Jessé Lopes, Sargento Lima, Ana Campagnolo e Felipe Estevão.

Quarteto

Ou seja, temos quatro dos maiores partidos de Santa Catarina – MDB, PP, PSD e PSL – na administração estadual. A bola da vez para Moisés da Silva é o PSDB. Pra fechar o quinteto partidário. Se o governador conseguir essa façanha, ele isola o senador Jorginho Mello, que pilota do PL e candidatíssimo ao governo em 2022.

Desfritar o ovo

Moisés está tentando se reaproximar do presidente Jair Bolsonaro, depois do erro grosseiro de afastar-se voluntariamente do presidente ainda em 2019. Os movimentos de reaproximação ficaram flagrantes na última visita oficial de Bolsonaro ao estado. Agora não ficou evidenciada a disposição de Bolsonaro para apoiar Moisés.

Mello é o nome

No contexto atual, se decidir optar por um candidato, o presidente deverá escolher Jorginho Mello ou até outro nome. Importante rememorar. O projeto original para Santa Catarina era a candidatura de Lucas Esmeraldino ao Senado. Jair Bolsonaro não queria candidato ao governo por aqui, visando merecer a simpatia dos dois favoritos em 2018: Gelson Merisio e Mauro Mariani.

Bronca

O lançamento da chapa Moisés e Daniela mereceu até malcriação de Bolsonaro quando, em plena campanha eleitoral, os catarinenses foram ao encontro do candidato em Porto Alegre.

Sempre no páreo

Ainda há o nome de Esperidião Amin. Não é muito provável que concorra novamente ao governo, embora também seja muito ligado a Bolsonaro. Ao natural, o presidente ficaria mesmo com Mello.

Mello isolado

O que nos permite dizer o seguinte: dos sete maiores partidos de Santa Catarina, cinco estarão no governo caso se consolide a articulação para o embarque do PSDB. Quadro que isola Jorginho Mello. O senador passaria a depender exclusivamente do apoio do presidente, ainda não garantido, e de suas próprias forças, que não são aquilo tudo.

Foto: Leo Munhoz, BD, Grupo NSC, divulgação

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