Blog do Prisco
Coluna do dia

Tudo aberto

Esperidião Amin e Gelson Merísio voltaram a conversar pessoalmente nesta sexta-feira. Desde sexta-feira passada, 27 de julho, quando o progressista foi ao gabinete de Merisio, na Alesc, e comunicou o pessedista que seria candidato a governador, eles não se falaram mais.

Amin voltou de Brasília, onde participou, quinta-feira, da convenção nacional que homologou a candidatura da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos, amiga e correligionária do ex-governador, como candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin.

O encontro pessoal entre os dois ocorreu na manhã de sexta, na Capital. Sinal claro de que foram retomadas todas as possibilidades no âmbito dos líderes do antigo PDS, englobando PP, PSD e PSDB.

Até então, as conversas estavam restritas a PSD e PSDB, e PP e PSDB, isoladamente.

Em Brasília, Amin também deve ter tratado sobre a questão do fundo partidário e os recursos de campanha, depois que direção nacional sinalizou que não contemplaria o catarinense em função de sua postura na Câmara dos Deputados.

 

Influência vertical

Logo após a confirmação, até certo ponto surpreendente, de que a senadora Ana Amélia Lemos, do PP gaúcho, aceitou ser candidata vice na chapa do presidenciável Geraldo Alckmin, do PSDB, os dois partidos se acertaram no Rio Grande do Sul. Houve um rearranjo, fortalecendo a candidatura tucana no Estado vizinho, ainda na quinta-feira.

 

Laços

Além da convergência nacional das duas legendas, há outro fator que pode influenciar o cenário catarinense. É a ligação entre Ana Amélia Lemos e Esperidião Amin, o candidato do PP ao governo do Estado. Junto ao próprio Alckmin, a senadora gaúcha, que fez um mandato destacado, de perfil muito ético e combativo, pode tentar articular o amigo e correligionário catarinense na cabeça de chapa em uma composição com os tucanos de Santa Catarina.

 

Nebulosidade

Nos bastidores, contudo, o quadro catarinense segue semelhante à situação climática do Litoral nos últimos dias: tempo instável e muito nebuloso.

 

Reboque

Há tucanos graduados apostando que 2018 pode repetir 2014, quando os Progressistas acabaram indo a reboque do PSDB.

 

Guinada tucana

Importante frisar, ainda, que ao atrair Ana Amélia ao seu projeto, Geraldo Alckmin dá uma guinada mais conservadora, buscando votos de Jairo Bolsonaro (PSL). Além de a senadora apresentar um perfil conservador em suas posições, pode, de alguma maneira, também fazer o contraponto a Alvaro Dias (Podemos) no Sul, onde o senador e presidenciável paranaense é mais forte do que o concorrente tucano.

 

Manda Brasa

A exemplo dos demais partidos, o presidente estadual do MDB e pré-candidato do partido ao governo, Mauro Mariani, pode deixar aberta a ata da convenção homologatória deste sábado. O emedebista examina a possibilidade de homologar apenas a cabeça-de-chapa e a vice, que será a deputada federal Carmen Zanotto, do PPS, deixando abertas as duas vagas ao Senado.

 

Disputa

Embora tenha recebido carta branca do partido para articular a chapa, Mariani conta com apenas um candidato ao Senado. É o também deputado federal Jorginho Mello, do PR. O fato de haver duas vagas à Câmara Alta e nenhum nome do MDB, gerou um levante nas hostes do Manda Brasa. Mariani também trabalha com a possibilidade de anunciar chegada de um novo partido ao projeto, que traria outro candidato ao Senado. A conferir!

 

Décio

O deputado federal Décio Lima será homologado, no domingo, candidato ao governo pelo PT. O desembargador aposentado Lédio Rosa de Andrade será um dos candidatos ao Senado.