Blog do Prisco
Coluna do dia

Xô, CPMF

Se, por um lado, Michel Temer e sua equipe estão conseguindo resgatar a confiança na economia brasileira; por outro, enfrentam e enfrentarão enorme resistência para ressuscitar a CPMF. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada pelo Ibope, aponta que nada mais nada menos do que 77,8% dos ouvidos rejeitam o retorno do imposto do cheque.

Um dado que chama muita atenção é que 76% dos entrevistados no Nordeste do Brasil não fazem nem ideia do que é CPMF. Nas outras regiões, o desconhecimento em relação a essa tunga ao bolso do contribuinte oscila entre 59% e 67%.

O governo interino inventou uma nova justificativa para defender o famigerado imposto: diminuir o déficit da previdência, além de supostamente canalizar seus recursos para a área de saúde. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios, em todo o território nacional. O recado é claro: Temer, o país não apoia a CPMF!

 

Adeus, Evaldo

O mundo político, intelectual e empresarial de Santa Catarina está lamentando o falecimento, aos 92 anos, do ex-deputado Evaldo Amaral. Ocorreu na terça-feira, 19, em Florianópolis. O governador esteve no velório no início da tarde e o sepultamento também foi no cemitério Jardim da Paz, também na Capital.

 

Homem serrano

Evaldo Amaral dedicou boa parte da carreira política às prioridades da população da Serra Catarinense, especialmente da cidade de Lages, onde também morou por muitos anos. Ele foi três vezes deputado estadual e entre os anos de 1979 e 1983 foi deputado federal. Também exerceu os cargos de vereador e prefeito de Curitibanos.

 

Fidelidade absoluta

Evaldo Amaral sempre foi um homem de partido. Muito ligado a Jorge Konder Bornhausen, a quem era fiel. Também foi muito amigo de Raimundo Colombo, Ênio Branco e Ivan Ranzolin. Em 1985, no exercício do mandato como suplente, ele licenciou-se para que o amigo e correligionário Ênio Branco assumisse. Este disputava a prefeitura de Florianópolis. Naquele ano, as eleições nas capitais foram restabelecidas. O gesto jamais foi esquecido por Branco, que disputou o pleito no exercício do mandato.

 

Propaganda suspensa

Foi publicada no Diário Oficial da Justiça de quarta-feira, dia 20 de julho, decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que concedeu prazo de 24 horas para que o prefeito de Joinville, Udo Döhler (PMDB), retire propaganda institucional de seu governo do site da prefeitura e também das contas que o Executivo mantém no Facebook e no Twitter.

 

Jurisprudência

O Tribunal reformou decisão de primeira instância, que havia despachado a favor do alcaide. Mas o fato é que a propaganda institucional continuou a ser veiculada depois de 2 de julho, período em que este tipo de conduta é vedada (independentemente se o conteúdo tiver caráter eleitoral ou não). Se a determinação não for cumprida, Udo será multado e pode sofrer sanções eleitorais, já que é pré-candidato à reeleição. A ação partriu do PT de Joinville. Os magistrados valeram-se de uma jurisprudência estabelecida quando o advogado Marcelo Peregrino Ferreira atuava na corte como juiz e deu despacho em caso semelhante.

 

Vice empresário

Embora líderes do PSB e do PSD (o próprio Gelson Merísio já esteve em Joinville para conversar pessoalmente) estejam insistindo no nome de Luiz Selbach, tradicional empresário de Joinville, para compor de vice de Darci de Matos, selando a aliança entre as duas siglas na maior cidade do Estado, ele declinou e resiste ao assédio. Selbach é muito conhecido e respeitado na cidade, sede da sua empresa na área de tecnologia, a Selbetti.

 

Solução caseira

A solução deve ser o nome de outro empresário, também do PSB, Júlio Fialkoski, que já foi vice-prefeito durante a gestão de Luiz Gomes, o Lula, entre 1989 e 1992.