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Ano começa com aumento de demanda na Defensoria

O entra e sai de gente em busca de assistência jurídica gratuita é cada vez maior e mais intenso.
Problemas como a da senhora nervosa que preferiu não se identificar mas contou que veio até a Defensoria Pública de Santa Catarina por que não tem condições de pagar por um advogado particular. Ela conta que foi vítima de violência por parte de um vizinho. Fala que era síndica, que sofreu ameaças e teve a porta do imóvel arrombado. “Dei queixa na Delegacia, mas não adiantou. Agora me sinto coagida. Por isso vim buscar apoio na Defensoria”, conta afirmando que nunca viu tanta gente como hoje nas dependências da Defensoria.
Segunda-feira, 14 de janeiro de 2018, às 14h15min: cerca de 100 pessoas lotam o andar térreo da Defensoria Pública de Santa Catarina, na Avenida Othon Gama D´Eça, 622, no Centro da Capital – foto>divulgação
Casos como dessa assistida engrossam as estatísticas da Instituição que revelam que mais de 65% dos casos registrados são das áreas da família e cível.
Basta circular pelo térreo da Defensoria, na sala de triagem, para constatar essa realidade.
Hoje a Defensoria Pública de Santa Catarina está implantada em 24 comarcas do Estado e conta com 115 defensoras e defensores públicos nomeados.
Santa Catarina é o terceiro estado com maior déficit de defensores e defensoras no país.
Esse dado é da Associação Nacional dos Defensores Públicos ( ANADEP), que fez uma radiografia da situação da Instituição em todo o país.
No top cinco dos Estados com a pior situação, Santa Catarina só fica atrás do Paraná, que lidera, e de Goiás, segundo colocado nesse mapa. Hoje o país tem um déficit de seis mil defensores.