Blog do Prisco
Coluna do dia

Bolsonaristas disputam vaga ao Senado

Esquentaram as movimentações de bastidores para nomes que vislumbram uma chance de disputar o Senado. Depois da vice-governadora Daniela Reinehr, o deputado federal Daniel Freitas apresentou seu nome. Os dois são filiados ao PL, partido liderado pelo senador Jorginho Mello, pré-candidato ao governo.
Outro nome está neste páreo interno do PL. É do agora ex-secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif. Ele está deixando o cargo em Brasília para dedicar-se à campanha eleitoral.
Iria concorrer a deputado federal caso o empresário e ativista Luciano Hang disputasse o Senado. Com a saída do dono da Havan do páreo, o clima esquentou nos bastidores do bloco bolsonarista.
Daniel Freitas já conversou com Jorginho Mello a respeito de sua intenção de concorrer ao Senado. A conferir os desdobramentos. Só há uma vaga em cada chapa para a Câmara Alta neste ano.

No páreo

Logo após o anúncio da desistência de Luciano Hang, apoiadores da vice-governadora, Daniela Reinehr, mapeada para ser candidata a deputada federal, incentivaram ela a colocar-se como opção ao Senado. Daniela também está filiada ao PL de Jair Bolsonaro.
E manteve-se, registre-se, absolutamente fiel às promessas e bandeiras de campanha. Em sintonia com o movimento de direita no país.

Doria e Moro

Sérgio Moro e João Doria começaram o ano de 2022 como possíveis apostas para uma suposta terceira via. Muito mais o primeiro, pois o segundo já vinha sinalizando o desgaste brutal de sua falta de postura política e decisões administrativas no mínimo estranhas. Sobretudo no período da pandemia.

Marcha-à-ré

Três meses depois, contudo, além de não decolarem, os dois andam para trás. Moro chegou a namorar com os dois dígitos nas pesquisas. Já aparece atrás de Ciro Gomes em alguns levantamentos. Doria nunca passou dos três pontos percentuais.

Titubeando

Até o fechamento da coluna, o governador de São Paulo ainda não havia anunciado seu futuro. Havia expectativa de que pudesse inclusive refluir na intenção de renunciar, o que seria seu fim definitivo na política. O vice-governador, que assumiria para disputar a reeleição pelo PSDB, anunciou ainda na manhã de ontem que estava fora da Secretaria de Governo. Sinal inequívoco de que estava rompendo com Doria, caso este não cumpra a palavra. Um festival de horrores políticos.

Sem bússola

Quanto a Moro, também deixa claro que está perdidinho, perdidinho. Filiou-se ao Podemos em novembro do ano passado e agora vai migrar, na undécima hora, para o União Brasil. Cabeçada típica de quem não é do ramo. Não é de se estranhar, portanto, que a tal terceira via não passa de uma cantilena repetida por setores que não apoiam o lulopetismo ou o bolsonarismo.

Sem ambiente

Moro não encontrou ambiente no Podemos. A maioria das lideranças não o quer como candidato a presidente. Sintoma de um projeto personalista, que não foi construído politicamente. Se assim o fosse, não seria necessária a troca de partido de forma tão brusca. Pergunta-se: Moro e os dirigentes do União Brasil combinaram a chegada do ex-juiz com os russos? Os russos, neste caso, são os mandatários e dirigentes da sigla que nasceu da fusão entre DEM e PSL.