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Celesc cria Banho de Energia a famílias carentes

A nova etapa do Programa Banho de Energia, que proporciona a instalação de sistemas para aproveitamento do calor gerado por fogões à lenha para aquecimento de água em moradias rurais da Serra catarinense, foi lançada na manhã desta segunda-feira, 5, em Lages.

O ato contou com a presença do governador Raimundo Colombo e do presidente da Celesc, Cleverson Siewert. Com investimentos de R$ 7,2 milhões do Programa de Eficiência Energética Celesc/Aneel, serão instalados mil sistemas recuperadores de calor na região.

“Essa é uma iniciativa que traz um grande ganho para a sociedade, porque, ao mesmo tempo, melhora as condições das famílias contempladas, que passam a ter mais conforto em suas casas, e gera economia no consumo de energia elétrica, o que significa uma importante redução no valor da conta de luz. É mais uma medida do Governo do Estado no sentido de proteger as pessoas”, destacou Colombo.

O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, lembrou que o Banho de Energia integra as ações de sustentabilidade da companhia. “Todos os nossos projetos na área de sustentabilidade permitem que a Celesc busque uma eficiência energética cada vez maior, fazendo sempre mais e melhor no atendimento da população catarinense e consolidando-se como uma empresa que, além de fornecer energia, promove a cidadania e protege o meio ambiente”, afirmou.

Essa nova etapa do Banho de Energia tem prazo de um ano para execução e beneficia residências de comunidades empobrecidas nos municípios de Bom Jardim da Serra (125 unidades), Cerro Negro (40), Lages (100), Painel (85), São Joaquim (330), Urubici (230) e Urupema (90). Foram priorizadas residências em comunidades localizadas nas regiões mais altas de cada município. Os beneficiados foram distribuídos proporcionalmente ao número de unidades consumidoras rurais em cada cidade.

COMO FUNCIONA – O sistema utiliza o calor que seria desperdiçado pela chaminé para aquecer a água por meio de um sistema de trocador de calor, utilizando serpentinas instaladas na própria chaminé (ver modelo na foto). A água aquecida é armazenada em um reservatório térmico e pode ser distribuída para o chuveiro e torneiras. A eficiência do fogão é ampliada pelo retardo na liberação do calor enviado à chaminé, pelo maior tempo para a queima dos gases liberados pela lenha e pelo fato de a água ser aquecida apenas com o calor que seria desperdiçado pela chaminé, e não pelo calor retirado junto à chama na câmara de combustão. Esse aumento de eficiência permite a economia de lenha e a redução da emissão de particulados (cinza e foligem).

A invenção foi adotada como iniciativa para promover uso eficiente da energia e qualidade de vida pela Assessoria de Responsabilidade Social da Celesc, em 2012. Desde lá, o sistema foi implantado em 200 residências nos municípios de Caçador, Videira, Canoinhas, Mafra, São Joaquim e Lages, com apoio de extensionistas da EPAGRI.