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Colombo de olho no segundo voto do MDB

Raimundo Colombo retorna nesta terça-feira da Espanha, onde participou de um seminário. E não vai reassumir o governo. Encaminha pedido de férias para ser apreciado pela Assembleia. Por um período de 30 dias. Ou seja, Eduardo Moreira, apesar de todos os ataques na direção do PSD e do presidente estadual da legenda, Gelson Merisio, vai continuar no governo. As férias de Colombo, se começarem nesta quarta-feira, acabarão no dia 28 de março, sendo que o prazo fatal para a renúncia dele é 7 de abril.

Seria preciso apenas mais uma licença do governador para que o emedebista siga no comando sem interrupções.

A leitura desta atitude de Raimundo Colombo é cristalina. Em que pese Eduardo Moreira estar usando todo o poderio da caneta contra o PSD, a preocupação de Raimundo Colombo é afagar o MDB de olho no segundo voto ao Senado.

Nas hostes do PSD, a sensação nítida é a de que os atos do governador interino – desativação de regionais, revogação da nomeação de Alex Santore ao TJSC, a nomeação do rival de Merisio em Xanxerê para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, etc – estavam combinados com o titular. Apesar dos respingos negativos dentro do partido, Raimundo Colombo tenta ficar de credor do Manda Brasa, pensando no projeto de eleição ao Senado.

Renúncias

Nos bastidores, crescem as especulações sobre as prováveis renúncias dos prefeitos de Joinville, Udo Döher (MDB), e de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB). Na cidade mais populosa do Estado, não se fala em outra coisa.

Com perspectivas reduzidas de conseguir a indicação dentro do Manda Brasa, Udo poderia buscar outro partido para disputar o governo do Estado, ganhando mais um elemento para justificar a renúncia. Já Napoleão é postulante a uma das duas vagas ao Senado. Se não encontrar espaço, poderia até mesmo concorrer a deputado federal. E fica no PSDB.

Perspectiva

Udo Döhler só tem chances reais de ser o candidato a governador pelo MDB se Eduardo Moreira não for à reeleição e apoiar o joinvilense. Aí haveria disputa entre o grupo de Eduardo e Udo e o de Mauro Mariani, apoiado por Dário Berger.

Fato novo

O prefeito de Joinville não é conhecido no Estado. Mas tem prestígio. Se mudar de legenda e concorrer a governador, será o fato novo do pleito. O problema é que ficará sem tempo de televisão e sem uma máquina partidária pulverizada em todo o Estado.

Homenagem

Das mais concorridas a homenagem ao presidente da Celesc, Cleveson Siewert, na noite de segunda-feira, em Joinville.

Foi organizada pelo grupo empresarial Movimento 47, reunindo empresários, políticos e lideranças de Santa Catarina. Siewert é joinvilense e está há 15 anos atuando em cargos públicos estaduais de destaque. Hoje preside a companhia energética, onde já foi diretor técnico.

Data

Raimundo Colombo faz aniversário nesta quarta-feira. Está se presenteando com um pedido de férias de 30 dias, deixando Eduardo Moreira no governo do Estado.

Quem não está gostando muito do presente são lideranças do PSD, que não concordam com a renovação da aliança com o MDB.

Projeto

Em Videira, o ex-prefeito Vilmar Carelli (MDB) anunciou que é pré-candidato a deputado estadual. Mas que está avaliando por qual legenda. Histórico do Manda Brasa, o político pode encontrar dificuldades se mudar de partido.

Foto>arquivo, divulgação

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