Blog do Prisco
Coluna do dia

Colombo não quer PP

Raimundo Colombo, a exemplo do pleito municipal de 2012, não pretende se envolver diretamente na campanha eleitoral deste ano. A motivação é óbvia. Vários partidos que fazem parte da coalizão liderada por ele vão se enfrentar nas urnas. São estas legendas que lhe dão sustentação na Assembleia Legislativa e que terão embates sanguinários Estado afora, com destaque para a disputas entre PMDB e PSD. Principalmente nas grandes cidades.

A estratégica do governador é ainda mais justificada pelo próprio momento do PSD. A sigla está dividida em relação ao projeto majoritário de 2018. Colombo prioriza a reedição da aliança com os peemedebistas. Na outra ponta, Gelson Merísio, presidente da Alesc e licenciado do partido, sinaliza na direção do PP.

O detalhe é que o PP tem um péssimo histórico na relação com o atual inquilino do Centro Administrativo.

 

Anos 1990

Os precedentes são terríveis. Em 1994, o líder lageano seria o vice de Esperidião Amin, que disputaria o governo do Estado. Na undécima hora, o ex-governador lançou-se à presidência da República, colocando a esposa, Angela Amin, na cabeça de chapa estadual. Resultado: Raimundo Colombo disputou a Câmara dos Deputados. Ficou como segundo suplente!

 

Anos 2000

Mais recentemente, em 2006, estava tudo certo para o governador concorrer ao Senado na chapa liderada por Esperidião Amin. Mas ele acabou preterido por Hugo Biehl (PP) e acabou encontrando abrigo no projeto reeleitoral de Luiz Henrique da Silveira, elegendo-se senador. Mas esta segunda manobra deixou Raimundo Colombo com uns três pés atrás quando o assunto é negociar com o PP. Anotem: o peesedista vai insistir até o fim na renovação do contrato com o PMDB com vistas a 2018.

 

Boca Livre

Esse foi o nome da nova Operação da Polícia Federal, deflagrada ontem, com a prisão de 14 pessoas, acusadas de atuar por mais de 20 anos e desviar mais de R$ 180 milhões da Lei Rouanet. Em pelo menos um episódio, houve conexão em Santa Catarina. Segundo a PF, um casamento luxuoso, cheio de pompa e caríssimo em Jurerê Internacional, teria sido pago com dinheiro de propina.

 

Família unida

O ex-deputado José Carlos Vieira entrou em contato com o colunista para afirmar, categoricamente, que apoiará a campanha do irmão, José Aluisio Vieira, o Dr. Xuxo (PP), em Joinville. Embora seja chefe de gabinete do senador Dário Berger (PMDB), José Carlos assegura que o Dr. Xuxo será candidato a prefeito e que não há a menor chance dele compor de vice de Udo Döhler (PMDB).

 

Pró-Rim

Aliás, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve nesta segunda-feira na maior cidade de Santa Catarina. Visitou o prefeito candidato à reeleição, mas também esteve na Pró-Rim, fundada há 30 anos justamente por José Aluisio Vieira.

 

Relação fraternal

José Carlos também fez questão de frisar que não tem qualquer relação com Esperidião Amin. “Minha ligação é com meu irmão”, destacou ele, avaliando que o Dr. Xuxo pode repetir o que fez Luiz Gomes, o Lula, em 1988. Naquele ano, com o PMDB muito desgastado, Lula conquistou a prefeitura, vencendo justamente José Carlos Vieira. Agora, acredita ele, o irmão pode ser o azarão da vez, deixando Udo Döhler para trás.