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Comitê de crise: o que é e para o que serve?

Prevenção tem sido a palavra de ordem em tempos de Coronavírus. Ações de prevenção para evitar o contágio são amplamente divulgadas. Mas e no meio corporativo, como as empresas estão lidando com este momento que exige tomada de decisões rápidas, eficientes e uma comunicação clara e assertiva? Algumas se prepararam previamente montando o chamado comitê de crise, reunindo colaboradores-chaves de áreas vitais da empresa, como a direção, jurídico, comunicação, segurança, TI, entre outras, dependendo de cada segmento de atuação.

O comitê de crise é responsável por traçar cenários possíveis para as mais adversas situações, bem como planos de ação para cada uma delas. Algumas possibilidades são crises causadas por agentes externos, como um incêndio ou uma enchente, ou por agentes internos, como acidentes de trabalho e até mesmo boicote à marca. Quando bem estruturados e levados a sério pelas empresas, estes comitês se reúnem com frequência para reavaliar cenários e planos de contingência.

No caso desta pandemia do Coronavírus, a crise é considerada sem precedentes no mundo, tanto na saúde quanto na economia, com efeitos ainda imensuráveis. E por mais pessimistas que tenham sido os cenários traçados pelas empresas em seus comitês de crise, certamente não chegaram perto da situação caótica que estamos vivendo hoje. Ainda assim, as empresas que já têm esta estrutura montada ou que agiram rapidamente montando um comitê de crise nos últimos dias, conseguiram tomar decisões e agir mais rápido. Infelizmente, isso não significa que os efeitos não serão graves, mas torna o processo todo menos penoso e estressante.

E quem não se estruturou ainda, dá tempo de montar um comitê de crise? Bem, a verdade é que o cenário da pandemia muda a cada dia, às vezes, a cada hora. Então é possível sim que novas medidas sejam tomadas pelas autoridades do nosso país e que demandem também ações das empresas. Por via das dúvidas, não custa reunir (remotamente) os principais colaboradores que possam integrar este comitê de crise e mapear possíveis novos cenários e seus desdobramentos. Assim, a tomada de decisão pode ser mais rápida e menos dolorosa.

Uma última dica: não deixe de fora a sua equipe de comunicação. Ela deve fazer parte, sempre, do comitê de crise. Caso contrário, você pode gerar outro problema só por um desalinhamento na sua comunicação. Vamos nos organizar, ter paciência, resiliência e a certeza de que este momento difícil vai passar!

 

Mariana Baima
Diretora na Primeira Via Comunicação Corporativa