Blog do Prisco
Manchete

Contraponto ao presidente

A reunião do Cosud (conselho que reúne os setes estados de Sul e Sudeste) em Florianópolis deixou muito clara a estratégia política dos mandatários: fazer o contraponto a Jair Bolsonaro, mediante posicionamentos e discursos equilibrados e conclamando os cidadãos à conciliação.

Os estados liderados por eles representam nada mais nada menos do que 70% do PIB (a riqueza produzida por uma nação) do Brasil. Ou seja, não são vozes quaisquer. E já se fala em incluir outras três unidades federadas no Conselho: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Isso elevaria a participação do grupo no PIB a 80%!

Toda essa mobilização, com postura clara de contraponto ao presidente, visa o  protagonismo político, com objetivos administrativos. Sobretudo ante os desatinos de Jair Bolsonaro.  Na seara administrativa, os governadores se articulam para incluir estados e os municípios na PEC paralela da Reforma Previdenciária que tramita no Senado. O líder do Cosud é João Doria, de São Paulo, pré-candidato a presidente e ainda filiado ao PSDB.

Guerrilha

Esse tiroteio todo, com divisão que parece sem volta no PSL, sempre existiu dentro dos partidos. A diferença é que os pesselistas não lavam roupa suja em casa. Se digladiam à luz do dia, escancarando as entranhas da legenda. Agora é piada ver os filhos presidenciais e o próprio presidente se metendo diretamente nisso; batendo-boca em rede social é o fim da picada. A líder que não é mais líder dando piti on line, enfim, falta estofo, preparo, postura e pedigree mesmo para os cargos que ocupam.

Respingos

A guerrilha virtual do PSL tem como pano de fundo o comando do partido e os milionários fundo eleitoral e partidário da sigla. Se Bolsonaro ficar com o controle, haverá reflexos diretos em Santa Catarina. Presidente estadual, deputado Fábio Schiochet, é ligado a Bivar numa articulação que tem as bênçãos de Moisés da Silva. Ele será guilhotinado da presidência em caso de vitória do presidente. No estado,  o placar de momento do partido, incluindo-se os seis estaduais e os quatro federais do PSL, é de 7 a 3 a favor do presidente da República.