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Dalirio questiona credibilidade de Dilma

O senador Dalirio Beber (PSDB-SC) foi o 44º senador a questionar Dilma Rousseff, às 22h15m, da sessão desta segunda-feira, 29, que sabatinou a presidente Dilma Rousseff, dentro do rito do julgamento do processo de impeachment, que teve início na quinta-feira, dia 25.

“Vossa excelência realmente tem convicção, que os 54 milhões de brasileiros que votaram na senhora, na mais acirrada disputa presidencial da história, ainda acreditam que Vossa Excelência, reúne condições e apoio político necessário no Congresso Nacional, para tirar o Brasil do caos que se encontra? ”, questionou.

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Para o senador tucano, sob o aspecto jurídico “está sobejamente provada a existência do crime de responsabilidade”. Dalirio lembrou ainda que a decisão do impeachment será efetuada por quórum qualificado, em favor da autoridade denunciada, para evitar que se cometam injustiças.

“Portanto, a decisão um número tão expressivo, não pode ser tido como um atentado à democracia. Muito pelo contrário, quando tantos assim decidem, quer me parecer que expressam um sentimento, que representa a vontade de uma maioria da população brasileira, que reconhece que Vossa Excelência não reúne mais as condições para continuar a dirigir os destinos do País e dos brasileiros”, disse, desconstruindo a versão de “golpe”.

Dalirio lembrou, que na abertura dos trabalhos da sessão de julgamento, Dilma afirmou que respeitou os compromissos com a Nação, o que lhe remeteu à campanha eleitoral de 2014.

“Com o não registro nas estatísticas fiscais de dívidas contraídas e a omissão das respectivas despesas primárias no cálculo do resultado fiscal, o seu governo criou e propagandeou uma condição irreal de que havia riqueza disponível e expectativa para a sociedade de expansão dos programas sociais em curso, induzindo assim, o eleitor a erro durante a campanha de 2014”, disse.

E por fim, questionou: “Vossa excelência acredita, de verdade, que uma decisão proferida, por mais de 2/3 dos senadores, numa sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, e com a presença de vossa excelência, com amplo direito de defesa, é um atentado à democracia?”.

Até o fechamento desta matéria a sessão de desta segunda-feira ainda não havia terminado.