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Gelson Merisio, o sobrevivente

O deputado Gelson Merisio é um sobrevivente político do vendaval que responde por Jair Bolsonaro e que estremeceu as eleições de 2018. Por que um sobrevivente? Primeiro porque ele conseguiu se viabilizar como candidato dentro do PSD. Depois, conseguiu angariar apoios ao seu projeto eleitoral. Trouxe o DEM, do deputado João Paulo Kleinüning, que foi seu candidato a vice. Angariou o apoio do PP, que, como aliado, viu seu líder maior, Esperidião Amin, eleger-se senador. Concorreu ao lado de outro ex-governador, Raimundo Colombo, do próprio PSD.

Merisio deixou o MDB de fora do segundo turno em Santa Catarina. A outra vaga ficou com Carlos Moisés, do 17, correligionário de Bolsonaro.

É bem verdade que o pessedista fez menos votos no segundo turno, mas conquistou mais de 1 milhão de eleitores. Não se pode ignorar que ele está cumprindo o terceiro mandato de deputado estadual. Nunca tinha disputado um pleito majoritário. Estadualizou o nome e é, indiscutivelmente, o líder da oposição ao governador eleito, Carlos Moisés.

Em silêncio

Pelo simples fato de ter ido ao segundo turno e enfrentado o correligionário de Jair Bolsonaro aqui no Estado. Passado o pleito, Merisio vem adotando a estratégia correta. Ele ainda não se pronunciou sobre os primeiros movimentos do governador eleito, nem no que diz respeito à montagem e ações do governo de transição.

Andar da carruagem

Está na retaguarda, recolhido, observando. No que faz muito bem. O líder do PSD só vai se posicionar conforme o andar da carruagem do futuro governo, que assume no dia 1º de janeiro de 2019.

Presidência do PSD

A tendência é Gelson Merisio manter o protagonismo no PSD e, por consequência, na oposição, uma vez confirmado por Gilberto Kassab, o presidente nacional, como solução de continuidade na presidência estadual do partido. A convenção do PSD é em agosto do ano que vem e Merisio pode ser reconduzido a novo mandato presidencial no contexto interno da legenda.