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João Rodrigues terá audiência com governador para tratar da falta de água

O prefeito eleito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), terá uma audiência com o governador Carlos Moisés da Silva, nesta segunda-feira, às 10h, em Florianópolis.
Mesmo antes de assumir o mandato, João Rodrigues tem trabalhado para tentar resolver a situação desabastecimento na cidade. Três dias depois de eleito já teve uma reunião como a diretoria da Casan, onde apresentou sugestões para um cronograma de ações emergenciais, no valor de R$ 21 milhões, que foram anunciados pela estatal após o encontro.
Agora vai tratar com o governador ações a médio e longo prazo.
“O assunto principal a ser tratado é a questão da água em Chapecó. Vamos tratar também de outros assuntos, mas a prioridade é buscar uma solução definitiva para o problema da falta de água na cidade”, disse o prefeito eleito.
Mesmo com a boa chuva ocorrida no fim de semana, que recuperou momentaneamente o reservatório do Lajeado São José, a situação foi apenas amenizada. A Casan informou que a chuva dá um fôlego no abastecimento mas ainda não suspende o rodízio. É necessário mais chuva para recuperar um déficit que chega a 800 milímetros nos últimos 18 meses.
Durante a campanha eleitoral, Rodrigues cobrou bastante a Casan por não ter feito os investimentos necessários para enfrentar períodos de estiagem e também dar conta do crescimento na cidade. Inclusive ameaçou romper o contrato da prefeitura com a estatal por não fornecimento de água para a população.
Em 2012 a estatal começou a tratar da elaboração de uma fonte alternativa de captação de água. Em 2015 anunciou o projeto de captação do Rio Chapecozinho, em Bom Jesus, com a construção de uma adutora de 57 quilômetros até Chapecó. O projeto previa o fornecimento de 1,2 mil litros por segundo, o dobro do consumo de verão em Chapecó. Os municípios de Xanxerê, Xaxim e Cordilheira Alta também seriam beneficiados. Houve problema na licitação e, quando foi finalizado o processo, não havia mais dinheiro disponível. O custo do projeto é próximo de R$ 200 milhões.
João Rodrigues propõe um projeto alternativo, de captação de água no Rio Uruguai, num trajeto de sete a oito quilômetros até a barragem do Rio Tigre, em Guatambu, onde já existe uma adutora até Chapecó, que vem sendo utilizada neste período de estiagem.

Foto: Fotos: Low Flight Drones / Christian Hauser.