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Manchete

Morre o ex-deputado Walmor de Lucca

A família emitiu o comunicado da morte do ex-deputado, destacando alguns aspectos do currículo político de Walmor de Lucca. Ele sempre foi muito ligado ao ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Presidiu a Casan nos dois governos de LHS. Os dois eram do mesmo grupo de Ulysses Guimarães, assim como o também ex-deputado Renato Vianna. O trio de líderes catarinenses cumpriu mandatos juntos, quando também estava na Câmara o falecido Ulysses. Walmor de Lucca tinha como um dos traços de personalidade ser muito cáustico em reação àqueles que chamava de oligarquia.

Lá em 2006, quando LHS disputava a reeleição, já com o apoio do PFL, houve um almoço de desagravo às acusações do PT contra Jorge Bornhausen. Os canhotos estavam chamando JKB de nazista. O então candidato a novo mandato promoveu um almoço para apoiar o aliado. Foi no Costão do Santinho. Do círculo mais próximo a LHS, apenas de Lucca não compareceu.

“Luto – Com tristeza infinita em nosso corações comunicamos o falecimento de Walmor Paulo de Luca, na manhã desta segunda-feira,9, em Florianópolis. Esposo da deputa Ada Faraco de Luca, pai de Fabiana e Giovana e avô de Catarina, Valentina e Paola. Walmor morreu em sua residência, sereno, despedindo-se de uma jornada divina e deixando um grande legado para nossa família e para Santa Catarina. Que descanse em paz! Ao longo do dia estaremos informando detalhes sobre velório e enterro. Em nome de toda nossa familía, pedimos orações e agradecemos pelas manifestações de carinho.

Walmor de Luca iniciou a vida política em 1966, eleito Vereador em Içara/SC, para o período de 1967 a 1970, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido do qual foi um dos fundadores no município.

Pelo MDB, elegeu-se Deputado Federal por Santa Catarina, com 41.691 votos, para a 45ª Legislatura (1975-1978). Durante o mandato, exerceu a Vice-Presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a aquisição de hospitais pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), e foi Vice-Presidente da Comissão Permanente de Minas e Energia, e Suplente da Comissão de Saúde.

Nas eleições de 1978, pelo MDB, renovou mandato na Câmara dos Deputados, eleito com 45.013 votos, compondo a 46ª Legislatura (1979-1982). Exerceu a função de 4º Secretário da Mesa Diretora da Casa, entre 1979 e 1981, e de Vice-Líder da bancada do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em missão parlamentar, visitou o Líbano e a Síria, a convite da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), e viajou para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde foi delegado observador na II Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), que abordou o direito do mar.

Reeleito Deputado Federal no pleito realizado em 1982, pelo PMDB, obteve 72.853 votos, tomou posse à 47ª Legislatura (1983-1986). Integrou a CPI sobre o polo petroquímico do Sul (1986) e visitou Angola em missão parlamentar, a convite do Governo do país africano. Manteve-se no posto de Vice-Líder do partido na Câmara e participou da Comissão Permanente de Finanças.

Em 1986, elegeu-se Deputado Federal, com 41.686 votos, para a composição da 48ª Legislatura (1987-1991). Integrou a Assembleia Constituinte de 1988 (Constituição assinada em 5 de outubro de 1989), a Subcomissão do Sistema Financeiro e a Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Licenciou-se do mandato, entre 1989 e 1990, e assumiu a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, nomeado pelo Governador Pedro Ivo Campos.

Pelo PMDB, candidatou-se pela quinta vez ao cargo de Deputado Federal nas eleições de 1990, com 20.046 votos, conquistou a posição de Suplente, mas não foi convocado pela Câmara.

De 1991 a 1992, ocupou o cargo de Assessor Parlamentar do Ministério da Saúde.

Presidiu as Telecomunicações de Santa Catarina (TELESC), entre 1993 e 1995.

Foi Presidente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), de 2003 a 2011, nomeado pelo Governador Luiz Henrique da Silveira.

Em 2007, assumiu como Diretor Vice-Presidente da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (AESBE).”

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