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Operação Câmbio Barriga Verde mira Orcrim que pode ter movimentado R$ 1 BILHÃO

Na data de hoje (26), foi deflagrada a denominada Operação Cambio Barriga Verde pelo Ministério Público Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Polícia Federal.

As investigações tiveram início a partir de elementos indicativos da existência de organização criminosa com sede na região de Garopaba (SC), com movimentação financeira considerada suspeita pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf). Uma casa de câmbio teria movimentado mais de 1 bilhão de reais, o que seria incompatível com sua capacidade financeira, além de registrar o recebimento de grande volume de dinheiro em espécie.

Após o empreendimento de diligências, foi apurado que a organização se utiliza, em tese, de complexo esquema criminoso, que conta com a criação de diversos CNPJs para dissimular a existência de filiais, utilização de laranjas para ocultar os reais beneficiários das operações fraudulentas e uso de empresas em nome de terceiros com o intuito de lavar o dinheiro e blindar o patrimônio auferido com o esquema criminoso.

Foram identificados fortes indícios de crimes contra o sistema financeiro, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas investigadas, localizados nas cidades de Garopaba/SC, Florianópolis/SC, Itajaí/SC, São José/SC, Criciúma/SC, Urussanga/SC e Caixas do Sul/RS.

Além disso, foi promovido o sequestro de veículos e imóveis de luxo ligados às pessoas investigadas, com o objetivo de impedir eventual esvaziamento do patrimônio acumulado de forma delituosa.

Durante o cumprimento dos mandados, a Receita Federal do Brasil busca identificar os beneficiários ocultos que enviaram recursos para a organização criminosa. As informações serão cruzadas com a base de dados da Receita Federal. Valores com origem em sonegação ou outras origens ilícitas serão objeto de procedimentos fiscais com cobrança de multas de até 225%. Indícios de crimes serão reportados ao Ministério Público Federal, retroalimentando a investigação criminal. A atuação conjunta do MPF, PF e RFB tem tido excelentes resultados no combate a organizações criminosas em Santa Catarina.