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Para Uczai, áudio vazado confirma tese de golpe

Em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo veio à público um diálogo gravado entre o ministro do planejamento interino, Romero Jucá (PMDB), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, revelando um “pacto” para agilizar o processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (PT) e obstruir as investigações da operação Lava Jato.  A conversa aconteceu poucos dias antes da votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados (17 de abril) e a gravação está em poder da Procuradoria Geral da República (PGR).

Para o deputado federal Pedro Uczai (PT) a revelação da conversa, que ocorreu na casa de Jucá, é mais uma prova de que o governo interino não tem nenhum compromisso com a retomada do crescimento do país ou com o combate à corrupção. “O que ele diz nessa gravação é o que nós já denunciávamos há quatro ou cinco meses: está em curso no Brasil, não só a destruição da Democracia, da legitimidade do voto do povo, mas uma operação bem articulada para destruir direitos sociais e abafar a operação Lava Jato”, lembrou Uczai.

O parlamentar ainda questiona a nomeação da própria equipe do governo interino. “Como posso acreditar que eles têm algum compromisso em combater os desvios de conduta? São sete ministros nomeados investigados na Lava Jato; o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura, indicado por Temer responde há vários processos no STF; Cunha, o protagonista do Golpe, continua influenciando no Parlamento e no governo interino indicando nomes de sua confiança para cargos estratégicos”, avaliou o petista.

Para Uczai, o Governo Temer nasceu de uma estratégia montada para autoproteção de um grupo de políticos tradicionais envolvidos em vários escândalos de corrupção no setor público. A conversa revelada pelo jornal Folha de São Paulo mostra que um dos principais articuladores deste esquema que tirou do poder temporariamente a Presidenta Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá, confirmou o discurso de lideranças petistas que há tempos alertavam que as “rodas de conversas” nos bastidores em Brasília de setores do PMDB eram para barrar as investigações da Lava Jato.

Foto>arquivo, divulgação