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Presidente da Fecam assume de sangue doce

Prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), assumiu ontem a presidência da Fecam. De sangue doce. Especialmente em relação às questões da campanha do ano passado, quando ele atuou em favor de Gelson Merisio, chutando a canela de Moisés da Silva no segundo turno.

À coluna, o alcaide assegurou que as bandeiras eleitorais estão enroladas. Ele está disposto a fazer uma gestão pró-ativa à frente da Federação Catarinense dos Municípios, que dá voz e força política aos pleitos macro dos 295 municípios do Estado.

Experiente, ex-presidente da Assembleia Legislativa, o novo comandante da entidade municipalista vai pedir, já nos próximos dias, uma reunião da diretoria da Federação com o governador.

O anúncio da desativação definitiva das Agências de Desenvolvimento Regional (ADR’s), de acordo com o prefeito, traz uma grande incógnita sobre como será o relacionamento do Centro Administrativo com os municípios.

Essa preocupação e também a pauta municipalista estarão à mesa na reunião que será pedida pela Fecam junto ao Centro Administrativo. O presidente da Fecam também se colocará como parceiro para ajudar a solucionar os grandes e graves problemas enfrentados pela esmagadora maioria das prefeituras. “O dinheiro está em Brasília, distante. Precisamos unir forças,” prega Ponticelli.

Convênios

A preocupação da Fecam procede. Atualmente, existem cerca de 400 convênios envolvendo municípios de SC e o governo estadual. “As ADR’s estavam sem orçamento, mas ainda cuidavam da papelada. Precisamos saber como vai ficar isso com o fim delas,” contextualiza o novo dirigente.

ISS

O presidente da Fecam também pedirá audiência com os deputados e senadores de SC. Logo depois que eles tomarem posse. Em Brasília, uma das primeiras ações da entidade municipalista será junto ao presidente do STF, Dias Toffolli. A Fecam pleiteará o reexame da liminar, concedida em 23 de março do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes, que tirou dos municípios o direito de cobrarem o Imposto Sobre Serviços (ISS) nas operações de cartões de crédito e de leasing bancário.

 Bolada

Joares Ponticelli estima que somente em 2018, nos 9 meses em que vigorou a liminar, Tubarão deixou de arrecadar R$ 10 milhões a partir da canetada de Moraes.

Tubarão

É inteligente e hábil politicamente a postura do presidente da Fecam, de deixar as rusgas de campanha no passado. O governador trabalhou por 30 anos em Tubarão, cidade administrada por Ponticelli, ali fez carreira e formou família. Embora tenha nascido em Florianópolis, ele é identificado como tubaronense e pode incentivar uma candidatura a prefeito pelo seu partido, o PSL.

Nome

Vale lembrar que Lucas Esmeraldino, secretário de Estado de Desenvolvimento e Turismo, tem sido lembrado para concorrer à prefeitura de Florianópolis, mas pode vir a ser uma ameaça a Ponticelli se for pressionado a concorrer em Tubarão. Se não for ele, será outro nome pesselista na Cidade Azul.

República

Além do governador e de Esmeraldino, a chamada república de Tubarão no governo do Estado, que pode desidratar politicamente o prefeito da cidade, o novo governo tem vários oficiais em cargos estratégicos. Sem dúvida, é uma força política que se forma a partir da cidade sulista. Agora a cidade também conta com o presidente da Fecam.

Moisés e Ponticelli: bandeiras de campanha foram enroladas – foto>Filipe Scotti, divulgação