Blog do Prisco
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PSD: nova linha auxiliar do PT?

Não é apenas em SC que o PSD está empenhadíssimo em desidratar o PSDB. Por aqui, vários tucanos já estão dando uma bela revoada. Nessa lista temos o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro; o ex-prefeito de Balneário Camboriú, que também foi governador em mandato-tampão, Leonel Pavan, que levou sua filha vereadora Juliana Pavan para o partido de Julio Garcia e Eron Giordani.
No Sul, Salvaro deve conduzir às hostes pessedistas o vereador Arleu da Silveira, seu nome preferido para a disputa majoritária local em 2024.
O deputado Vicente Caropreso oscila entre o PSD e o PP, mas com mais chances de migrar para o PSD. Deputada no exercício do mandato, Geovania de Sá, que já presidiu a seção Barriga-Verde do tucanato, muito provavelmente não ficará no partido.
O PSDB definha no estado. O chefão nacional do PSD, Gilberto Kassab, sempre está atuando nos bastidores. Ele vai ao mercado com agressividade.
Tem conseguido a adesão de deputados federais, senadores e agora se movimenta na direção de Raquel Lira, ainda filiada ao PSDB.

Fechando a conta

Ela é governadora de Pernambuco. Aliás, a única mandatária estadual do Nordeste que não está alinhada ao governo comunista. Mas se for confirmada sua filiação ao PSD, que tem três ministérios sob Lula III, o presidente de plantão ficará sem oponente nos nove estados da região.
Lula nasceu em Pernambuco. E o PSD ganharia mais um governador.

Mudando de lado?

Kassab integra o governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo. Ele é o secretário de governo, o homem que faz a articulação com a Assembleia Legislativa.
No estado paulista, ele está conseguindo transferir muitos tucanos não para o Republicanos, partido do governador, mas para o seu PSD.
O que vem gerando desconfianças de que Tarcísio de Freitas possa buscar abrigo no PSD um pouco mais adiante.

Gratidão

O atual mandatário paulista foi inventado politicamente por Jair Bolsonaro.
Depois da derrota do ex-presidente, eles se distanciaram. No último final de semana, se encontraram em Barretos, mas não foram juntos à tradicional festa local.

Calibrando

Freitas tenta passar a impressão de que não quer se distanciar de Bolsonaro. Evita a pecha de traidor, mas que também não demonstra disposição para se submeter aos caprichos do bolsonarismo-raiz.

Bem definido

Só que o PL, o PP e o Republicanos são partidos de direita. O PSD é de centro. Dependendo do estado, contudo, a sigla faz acenos que lhes são convenientes. À direita e à esquerda.

Identidade

Ocorre que no território catarinense, o PSD tem figuras exponenciais que nunca tiveram nada com o PT e nem com a esquerda. Estamos falando de Jorge Bornhausen, Raimundo Colombo, Julio Garcia, João Rodrigues e por aí vai.

Reunidos

Estariam eventualmente raciocinando, com vistas ao pleito de 2026, considerando-se este alinhamento nacional entre o PSD e o PT, uma composição para um eventual segundo turno na eleição estadual?

Extirpação

Haveria espaço para petistas e pessedistas no mesmo palanque? Lula esteve em Joinville em 2014 e declarou que Jorge Bonrhausen deveria ser extirpado da vida pública.
A conferir. Agora a grande realidade é que não há mais ideologia na prática, somente nos discursos. As alianças e coligações são conduzidas por interesses momentâneos, eleitoreiros. Do dia para a noite, arquirrivais podem estar no mesmo palanque eleitoral.
Alinhamento ideológico, programático. é coisa do passado.

foto> Da E para a D: Alexandre Padilha, Gilberto Kassab, Lula e Tarcísio de Freitas