Blog do Prisco
Manchete

Recado aos intocáveis

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), mandou um belo recado, muito bem mandado, aos imperiais da toga, aqueles 11 que se consideram deuses do olimpo, inalcançáveis, inatingíveis, os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Em alto e bom som, o deputado declarou que legislação eleitoral é atribuição do Congresso Nacional (Câmara e Senado). É incrível como é preciso vir o presidente de uma das duas Casas Legislativas a público para reafirmar uma das atribuições primordiais do Poder Legislativo.
Mas foi necessário e já não era sem tempo, pois as supremas togas tupiniquins, que lá chegaram por serem amigos (e outras coisitas mais) dos mandatários de plantão nas últimas décadas, avançam sem qualquer puder sobre as prerrogativas dos demais poderes da República.
Palmas para Arthur Lira. Tem que colocar o pé na porta mesmo. O que a banda boa da sociedade aguarda agora é posição semelhante do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Absurdo
Chegamos ao cúmulo de testemunharmos um quarteto de ministros do STF atuando como lobistas no Legislativo. Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luiz Roberto Barroso e Luiz Fux, se deram ao desplante de ir ao Congresso cabalar votos para evitar a aprovação do voto impresso, algo que é urgente e mais do que necessário.

Ah tá
Estranha toda esta contrariedade, pra dizer o mínimo, em relação a algo tão simples. Qualquer operação no país é passível de emissão de um recibo, de um comprovante. Mas no caso eleitoral, onde se decidem os destinos do país, daí não. Não pode. Por que será, hein?

Alvo único
Neste contexto, os nobres ministros também atuam firmemente abrindo inquéritos no TSE, a corte eleitoral, para claramente tentar inviabilizar a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro.
É um golpe judiciário em cima do outro, com apoio de parte do empresariado, das esquerdas ululantes e, claro, da brava mídia engajada e militante. Uma vergonha mundial o atual cenário no Brasil.

Ruptura
O quadro é grave, e vai piorando, o que pode resultar numa conflagração como há tempos não se vê neste país. Estão esticando demais a corda.

foto>Sérgio Lima, Poder 360, divulgação