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Manchete

Seif, o processo e o cenário

Mesmo com o parecer favorável do MPF-SC, que não viu qualquer irregularidade eleitoral na campanha de Jorge Seif no âmbito da ação que pede a cassação do mandato do senador, os bastidores fervem ante a possibilidade de nova eleição.
A acusação diz que ele teria usado aeronaves e a estrutura da empresa Havan durante a disputa eleitoral, o que, se for comprovado, configuraria abuso de poder econômico. Isso, evidentemente, se os gastos não tiverem sido devidamente declarados.
Luciano Hang, o dono da Havan, já teve seus direitos políticos cassados. Teria sido uma medida prévia para evitar que o empresário pudesse estar à disposição em caso de degola de Seif?
Observemos como vai se comportar o TSE neste segundo semestre. Outro fato, além da manifestação da Procuradoria Eleitoral Federal, este não tão concreto, pontue-se, é a intensa movimentação de bastidores provocada pelo processo.
Independentemente do desfecho jurídico, estão sendo avaliadas e até costuradas possíveis chapas em caso de pleito suplementar ao Senado.

Cortina de fumaça

O ex-senador Dario Berger mira a volta ao MDB. Posiciona-se, como num jogo de truco, como pré-candidato a prefeito de São José. No fundo, contudo, o desejo dele seria retornar a Brasília.

Sem vagas

No Manda Brasa, porém, Dário pode ir tirando o cavalinho da chuva se ele realmente estiver de olho no pleito que elegeria um novo senador por Santa Catarina. O ainda socialista chega atrasado. O deputado Antídio Lunelli (MDB), ex-prefeito de Jaraguá do Sul, já se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bússola

O jaraguaense, inegavelmente, puxa o MDB mais à direita e poderia acabar sendo o escolhido pelo partido em caso de nova eleição.

Será?

Os dois suplentes de uma suposta candidatura de Antídio, ventila-se, poderiam vir do PL. O advogado Filipe Mello, filho do governador, seria um nome forte para a primeira suplência. Seria uma composição deveras interessante.

Naturalidade

No PL, registre-se, há nomes naturais para a hipotética disputa. O principal deles é o da deputada federal Caroline De Toni, recordista de votos proporcionais à Câmara Federal no pleito de 2022. Ela tem trânsito fácil entre os bolsonaristas e encontra-se no segundo mandato.

Unção

Outra possibilidade que não pode ser descartada é a de que o próprio Jair Bolsonaro pode chegar Jorge Seif e pedir para ele indicar quem será o candidato. O ex-presidente estaria, inclusive, disposto a vir ao Estado para trabalhar diretamente em favor do nome “ungido” dentro do bolsonarismo.

Não sai

Na esquerda, há quem lembre de Décio Lima (PT), que chegou ao segundo turno nas últimas eleições. O petista, contudo, não vai largar o bilionário orçamento e a capilaridade do Sebrae Nacional para lançar-se numa disputa incerta.

Orbitando

Não se pode esquecer, ainda, do ex-prefeito da Capital, Gean Loureiro. Filiado ao União Brasil, Loureiro está indo para a Austrália. Entregou o comando do partido ao deputado federal Fábio Schiochet. O ex-prefeito volta a Santa Catarina no final do ano.
Em havendo a eleição extemporânea, ela deve ocorrer somente no começo de 2024 ou até mesmo em meados do próximo ano. O que possibilitaria a participação de Gean Loureiro.

Segundo colocado

O ex-governador Raimundo Colombo, que já foi senador e ficou em segundo lugar no pleito do ano passado, perdendo justamente para Jorge Seif, certamente disputaria nova eleição, se ela realmente se concretizar.

Ex-governador

Outro ex-governador, Moisés da Silva, hoje presidente estadual do Republicanos, também não pode ser descartado como possível candidato.

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