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Colombo pede que União assuma responsabilidades

Representantes de entidades médicas e hospitalares de Santa Catarina tiveram a oportunidade de relatar as dificuldades financeiras do setor ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, em reunião na manhã desta segunda-feira, 27, em Florianópolis. O encontro realizado na Casa d’Agronômica contou com a presença do governador Raimundo Colombo e do secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, que também reforçaram as demandas catarinenses para o setor.

“O Governo do Estado vem suprindo as condições do Governo Federal na saúde, ou seja, em muitas iniciativas que deveríamos ter a parceria federal e que no último ano não tivemos, mantivemos os atendimentos, os fornecimentos e as decisões judiciais. Tudo isso gera um déficit. Com a renegociação da dívida dos estados com a União, vamos aportar um recurso novo. Mas o Governo Federal tem que assumir a sua responsabilidade, e foi nesse sentido que aprofundamos o debate”, destacou Colombo.

O governador apontou a reunião como um espaço para conversação e convencimento. “O ministro entendeu o nosso movimento. Agora, precisamos garantir os desdobramentos para tentar amenizar a situação da saúde pública, que é um problema no país inteiro. O problema do Governo Federal é financeiro. Mas é preciso encontrar alternativas para garantir o futuro do setor”, afirmou, reforçando, no entanto, que é contrário à criação de novos impostos como alternativa para a queda da arrecadação.

Entre as reinvindicações apresentadas, o secretário Kleinübing destacou a revisão do valor do teto do Estado de Santa Catarina no setor, o pagamento das cirurgias eletivas e também a revisão da questão da judicialização de atendimentos. Neste último ponto, ele explicou que a proposta é que o Governo Federal assuma o repasse de medicamentos que já fazem protocolo do Ministério da Saúde, mas que hoje, em ações judiciais, ainda são pagos pelo Estado. O secretário participa de novas reuniões em Brasília ainda nesta semana.

Para o ministro Barros, o encontro foi produtivo. “Tivemos uma conversa franca, sincera. As reivindicações são justas, mas precisam ser conciliadas com a nossa capacidade financeira, que nesse ano de enorme crise fiscal está muito limitada. Vamos procurar avançar no sentido de premiar as boas práticas que estão aqui e corresponder a boa gestão que é feita em Santa Catarina com a complementação de recursos que, no momento em que a equipe econômica me permitir, serão liberados”, afirmou.

Após o encontro, o ministro visitou o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Na unidade, referência em atendimento pediátrico em Santa Catarina, o novo centro cirúrgico está em fase de conclusão e contará com 20 leitos de UTI.

Da E para a D: João Paulo Kleinübing, Raimundo Colombo e Ricardo Barros.

Foto>Júlio Cavalheiro, Secom