Blog do Prisco
Coluna do dia

Hora de decidir

Neste domingo, o distinto público novamente comparecerá às urnas. O voto é obrigatório. A maioria, portanto, fará sua obrigação. Serão cinco votos, nesta ordem: deputado federal, deputado estadual, senador 1, senador 2, governador e presidente.

E já neste sábado se encerra oficialmente a campanha eleitoral de primeiro turno, a mais curta da história desde a redemocratização.

De longe, as atenções do eleitorado estiveram muito mais focadas na extrema polarização, virulência e violenta (tivemos uma atentado brutal contra o líder das pesquisas), na disputa presidencial.

Nestas últimas horas, novas pesquisas mostraram que, embora ainda na casa de 30% a 40%, há sim chances de a fatura ser liquidada por Jair Bolsonaro no domingo. Para isso, a onda do voto últil terá que se fortalecer entre os eleitores de Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, João Amôedo e Marina Silva.

 

Tempo de TV

Em caso de segundo turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad, tudo pode acontecer. Mas vale uma observação crucial neste contexto: o candidato do PSL chegou até aqui sem tempo de TV e com os demais batendo muito pouco no PT ou ainda fazendo o jogo de Lula da Silva e aliados. Se houver segundo turno, certamente Bolsonaro aproveitará para refrescar a memória da população acerca das entranhas dos governos petistas!

 

Tempo de TV 2

Por outro lado, a propaganda eleitoral no rádio e na TV em 2018 tem efeitos bem questionáveis. A começar por Geraldo Alckmin, o candidato tucano que se aliou ao centrão para ter um latifúndio de tempo, bem maior do que os demais. Como se vê, nas pesquisas, nas ruas, nos grupos de whatsapp, a artimanha não surtiu o efeito desejado. Alckmin segue patinando na casa do dígito único, segundo as pesquisas.

 

Província

Aqui no Estado, a expectativa também aumentou em torno dos efeitos da onda Bolsonaro na disputa pelo governo. Com viés de alta, o Comandante Moisés pode surpreender, o que acendeu o sinal amarelo já há alguns dias nas campanhas de Gelson Merisio e Mauro Mariani, embolados nas pesquisas.

 

Tiroteio

Outro ponto que gerou apreensão na reta final em Santa Catarina foi a guerra pública entre os candidatos ao Senado pela coligação SC Quer Mais, liderada por Mauro Mariani. Há quem observe que os dois podem ter dado o famoso abraço de afogados ao partirem para o confronto direto e de forma pública, algo jamais visto nos pleitos estaduais. Também não é possível mensurar os efeitos desta guerra fratricida sobre os votos do cabeça-de-chapa da coligação!

 

FRASE

“Vivemos um momento de intensa dramaticidade no país. A polarização político partidária, às vésperas das eleições gerais, tem ajudado a disseminar o ódio dentre a população brasileira. Os limites da civilidade política foram ultrapassados e estamos, de forma geral, e perigosamente, vendo o adversário de nossas ideias como um inimigo a ser combatido e eliminado.” Paulo Brincas, presidente da OAB-SC, referindo-se ao processo eleitoral já deflagrado para sua própria sucessão dentro da Ordem e pedindo que o processo fique restrito ao “debate de ideias.”