Blog do Prisco
Coluna do dia

O cenário em Chapecó

Capital do grande, trabalhador e progressista Oeste de Santa Catarina, onde vivem 1,5 milhão de eleitores em 108 municípios. A região é estratégica e Chapecó é o principal polo.

Dentre as candidaturas mais relevantes, temos o ex-prefeito e ex-deputado João Rodrigues (PSD), nome sempre forte, apesar de todo o desgaste que sofreu nos últimos tempos. Tenta um retorno triunfal.

Entre seus oponentes, está a novidade Leonardo Granzotto, do Patriotas. Ele dispõe de dois belíssimos cabos eleitorais. A deputada federal Caroline De Toni, ligada a Jair Bolsonaro, e seguramente, entre os grandes municípios, o prefeito que representa o cabo eleitoral do benefício: Luciano Buligon. Ele tenta transferir seu prestígio político e administrativo a Granzotto. Buligon faz uma belíssima e exitosa gestão no município.

Canhotos unidos

No campo da esquerda, as forças convergiram para o ex-deputado Cláudio Vignatti. Ex-petista, ele pilota o PSB em Santa Catarina. E tem como vice o único deputado federal do PT, Pedro Uczai, que, aliás, já foi prefeito da cidade.

Vereadores

Correndo por fora, dois nomes: Cleiton Fossá, vereador, jovem e filiado ao MDB. Assim como o tucano Márcio Sander, também vereador, jovem liderança, mas já experiente e com extenso currículo na vida pública.

Em eleição de turno único, a tendência é uma disputa mais acirrada entre Rodrigues e Granzotto.

O cenário em Criciúma

Clésio Salvaro, o atual prefeito, é o grande favorito. Indiscutivelmente. É muito improvável que não conquiste novo mandato, o que seria sua quarta vitória. Na reeleição, em 2012, Salvaro foi alçando por decisões judiciais e não assumiu. Mas elegeu o vice, Márcio Búrigo, em novo pleito que foi realizado por determinação da Justiça Eleitoral.

Saída pela esquerda

Pelo PDT, aparece o deputado Rodrigo Minotto, que saiu muito mal do episódio do primeiro impeachment. Ele se afastou da Alesc e deu lugar ao suplente, César Valduga (PCdoB). O acordo era para o comunista votar pela salvação de Moisés da Silva, mas ele mudou o voto e ajudou a afastar o governador. Cavalo-de-pau que contribuiu para o desgaste do pedetista.

Amigos, amigos, negócios à parte

Na maior cidade do Sul, o PL do senador Jorginho Mello apresentou Júlia Zanatta. Ela tem apoio dos filhos do presidente e até uma sinalização do próprio Jair Bolsonaro. Dificilmente, contudo, conseguirá fazer cócegas eleitorais no favoritismo de Salvaro.

O cenário em Lages

Na maior cidade da Serra, seis candidatos disputam o paço municipal. Destacamos três deles. O atual prefeito, Antônio Ceron (PSD), que tem apoio do ex-governador e ex-senador Raimundo Colombo. Sua liderança já foi mais robusta entre os lageanos, mas ele ainda tem força e influência, obviamente, na cidade.

Fator Câmara

Pelo Cidadania, concorre seguramente uma das melhores parlamentares de Santa Catarina nas últimas décadas, Carmen Zanotto. Sua candidatura está no seguinte contexto político: ela é adversária de Raimundo Colombo, que apoia o prefeito. Mas a eventual vitória dela poderia favorecer o ex-governador ali em 2022, pois Colombo tem tudo para tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Se Carmen não conquistar a prefeitura, ela buscará o seu quarto mandato de federal. E um dos dois ficará pelo caminho, pois não há densidade eleitoral suficiente em Lages e região para emplacar dois deputados federais simultaneamente.

Comunicador

Por fim, em Lages ainda aparece bem o vereador e comunicador Lucas Neves, que deixou o PP para se filiar no PSL do governador. Também é um nome que traz o selo de novidade e pode crescer nestes últimos dias de campanha.